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Trata-se de um relato de experiência de educação nutricional em uma unidade de saúde mental, na cidade do Rio de Janeiro. Instalada na área de um dos mais antigos engenhos de cana-de-açúcar da região na década de 20, com o objetivo de programar práticas mais modernas de reabilitação pelo trabalho agrícola, a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, foi considerada por muitos anos referência nacional em atenção à Saúde Mental. Ao longo desse tempo sofreu um processo de degradação e se transformou num espaço de abandono e exclusão para pacientes considerados irrecuperáveis. No entanto, nesses últimos 30 anos, as práticas psiquiátricas em todo país vêm passando por muitas transformações. No início dos anos 80 a Colônia viveu um momento de reformulação do seu modelo assistencial.Ao acompanhar pacientes que após anos de internação são convidados a abdicar do hospital como local de moradia(e não só de tratamento) é visível a mudança no perfil alimentar dessas pessoas. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo contextualizar a atuação do nutricionista na tomada de decisões com o paciente para mudança do comportamento alimentar. São descritos alguns registros de hábitos alimentares, onde se discute as principais causas de obesidade e má nutrição e abarca estratégias educativas em Nutrição, a fim de promover práticas alimentares saudáveis dirigidas à promoção de saúde.Vários desafios são sinalizados, no sentido de trabalhar a educação nutricional num serviço de saúde mental, considerando as implicações e as dificuldades apresentadas. A educação nutricional para pessoas com transtorno mental é um exercício que requer lentidão, perseverança e principalmente negociações. Parece-nos que é necessário ousar, ousar no sentido de inventar novas práticas que produzam pequenas, mas importantes mudanças. Certamente garantir uma melhoria na assistência prestada.