Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
Causas e consequências de quedas de idosos na área de abrangência da UBS Cumbica I - ESTUDO EXPLORATÓRIO
Christian Spina, Camila Pucci, Carolina Gioia, Juliana Sanchez, Cassiano Assunção, Alba Lucia

Resumo


As quedas ocorridas durante as fases de envelhecimento estão relacionadas com fatores biológicos, doenças e causas externas. Elas ocorrem em decorrência da perda total do equilíbrio postural, podendo estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura. A queda entre idosos possui um significado muito relevante, pois podem levá-los à incapacidade, injúria e morte. Tem sido verificado nos serviços de emergência dos EUA que as quedas são eventos responsáveis por 70% das mortes acidentais ocorridas em pessoas com idade acima de 65 anos. Embora seja evidente o aumento do evento queda entre a população idosa, a literatura gerontológica e geriátrica brasileira têm efetuado poucos estudos epidemiológicos sobre este assunto. O objetivo do nosso estudo foi investigar os fatores de risco presente na casa do grupo de idosos analisados bem como o número de quedas no último ano com suas possíveis consequências para a vida dessas pessoas. Com essa finalidade, foram realizadas visitas domiciliares para o preenchimento de fichas que continham questões sobre a infra-estrutura da casa, número de quedas e suas conseqüências no último ano. A entrevista, foi realizada com 28 idosos com idade de 60 anos ou mais, residentes na área de abrangência da USF Jardim Cumbica I. Dentre os idosos avaliados, 75% pertenciam ao gênero feminino e 25% ao masculino; a análise dos questionários indica que os maiores problemas foram tapetes sem o material antiderrapante, tanto nos banheiros (78,5%) como nos quartos (82,2%). Quanto a limpeza com produtos escorregadios, em 57,2% das casas eram utilizados. Em relação ao piso no exterior das casas (quintal e condomínios) observou-se pouca condição de segurança (pisos e tapetes escorregadios e presença de objetos) em 46,5% das casas. Quanto ao número de quedas ocorridas no ultimo ano foram em número de 10, sendo 5 com consequências mais sérias (fratura de antebraço, fêmur, luxação de coccix, dedo e tornozelo), acarretando repouso e mudanças nas atividades desses idosos. Para diminuição da prevalência de quedas sugere-se que se estabeleçam programas que atuem sobre os fatores de risco presentes nas residências. Foi observado a falta de tapetes antiderrapantes como o principal fator de risco de queda, e o número de quedas no último ano se mostrou elevado para a população estudada, justificando a criação de programas de avaliação e orientação.