Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
EDUCAÇÃO PERMANENTE NA CONSTRUÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS ADOLESCENTES NO SUS
Lianna Ramalho de Sena Rosa, Danielle Christine Moura dos Santos, Francisca Ozanira T. P. Aquino, Juliana de Pontes Nobre, Maria Salete Bessa Jorge

Resumo


O Ministério da Saúde, para definir a adolescência, segue a convenção elaborada pela Organização Mundial da Saúde que delimita o período entre 10 e 19 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Por ser um período de desenvolvimento considerado saudável, os problemas de saúde do adolescente foram pouco destacados nas políticas de saúde brasileiras. Havia baixa demanda nos serviços, pois os adolescentes os utilizavam pouco e, nem sempre o que era ofertado correspondia as suas necessidades. As ações se restringiam às práticas de cunho assistencial, de um modelo clínico que não considerava os aspectos psicossociais e a subjetividade humana. Em 2010 o Ministério da Saúde propôs as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, no sentido de, nortear ações, integradas às outras políticas sanitárias, ações e programas já existentes no SUS. Para tanto, é necessária a reorganização dos processos de trabalho na perspectiva da produção do cuidado, considerando a formação e a educação permanente dos trabalhadores de saúde do SUS. Portanto, na perspectiva de promover o debate sobre a produção do cuidado e a garantia do direito à saúde dos adolescentes, buscou-se, com efeito compreender como acontece a educação permanente dos trabalhadores de saúde para atenção à saúde dos adolescentes no SUS. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa realizado no Município de Fortaleza, no cenário da Estratégia Saúde da Família. Incluiu como participantes os trabalhadores da ESF e do Núcleo de Atenção à Saúde da Família, envolvidos nas atividades de atenção à saúde do adolescente, Residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e estudantes de graduação vinculados ao projeto PET – Saúde da Família. A amostra dos participantes do estudo ocorreu considerando-se a relevância das informações e observações que indicaram contribuições significantes e adequadas ao delineamento do objeto, totalizando sete sujeitos. Utilizaram-se como instrumento de coleta as entrevistas semiestruturadas. Para a análise do material empírico tomou-se como base a Análise de Conteúdo. No cotidiano do adolescente é necessário lançar o olhar para observar o uso do tempo, o ambiente em que ele está inserido, quais as atividades do seu dia a dia e os papéis que ele apresenta na vida, promovendo saúde e garantia do direito e assistência integral.