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Marcos Poubel Araújo de França/Mestrando EPSJV/FIOCRUZ Marisol Pensado Pasos/Mestranda EPSJV/FIOCRUZ Lausane Souza Borges/Mestranda EPSJV/FIOCRUZ No Brasil, as políticas educacionais têm sido marcadas por uma herança histórica conveniada aos modelos produtivos do mundo capitalista. Nesse sentido, é expressiva a crescente oferta de cursos profissionalizantes aligeirados e de cunho tecnicista adequados às exigências do mercado de trabalho. Devido à complexidade e as especificidades do trabalho na saúde e sob o princípio da integralidade que o orienta, a formação destes trabalhadores requer a superação dos atuais modelos hegemônicos de formação. Ao invés do treinamento puramente técnico, defende-se uma educação problematizadora, com base no diálogo e na compreensão dos fundamentos científicos da técnica e dos processos de produção do conhecimento para e no trabalho. Este trabalho, de natureza teórica, tem como objetivo compreender a concepção de politecnia em Marx e Gramsci e suas possíveis contribuições para a educação profissional em saúde. Como metodologia utilizaremos uma perspectiva crítica fundamentada no materialismo histórico dialético considerando que a realidade não é algo inexorável. Sugere-se que o discente formado na lógica de uma concepção politécnica em saúde, tem melhores condições de enfrentar os desafios presentes no mundo do trabalho e entender as relações sociais que o cercam como cidadão e trabalhador crítico. Referências Ferretti, C. J. O Pensamento Educacional em Marx e Gramsci e a Concepção de Politecnia. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, suplemento, p.105-128, 2009 - Periódico Quadrimestral editado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Osvaldo Cruz. RAMOS, M. Educação pelo trabalho: possibilidades, limites e perspectivas da formação profissional. Saúde e Sociedade, São Paulo, vol.18, suppl.2, p.55-59, . abr/Jun 2009. SAVIANI, D. O choque teórico da politecnia. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 131-152, mar. 2003.