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COBERTURA VACINAL DE BCG E HEPATITE B NA REGIÃO NORDESTE: UMA ANÁLISE DOS INDICADORES DE COBERTURA
Resumo
INTRODUÇÃO. O Programa Nacional de Imunização do Brasil é reconhecido internacionalmente pelo seu êxito na erradicação e controle das doenças preveníveis por vacinação. Um dos instrumentos fundamentais para avaliar o desempenho do programa é a cobertura vacinal. A cobertura vacinal é definida como o percentual de uma população-alvo que foi vacinada, sendo estimada no país, a partir dos dados registrados pelas unidades básicas de saúde, estando sujeita a importantes erros de registro, transcrição, estimativa de população alvo, e outros. OBJETIVO: Avaliar a cobertura vacinal ofertada na região Nordeste, referente as vacinas BCG e contra o vírus da Hepatite B. METODOLOGIA: Estudo do tipo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Utilizaram-se dados disponíveis no site do DATASUS referentes aos três estados da região nordeste que apresentaram um maior percentual na quantidade de nascidos vivos, sendo os seguintes: Bahia, Pernambuco e Ceará. Os casos considerados foram os que estavam devidamente registrados conforme indicado pelo Ministério da Saúde no período de 2005 a 2009 relacionados a cobertura vacinal das vacinas BGC e contra o vírus da Hepatite B. RESULTADOS: Na análise da série histórica, ao avaliar-se a cobertura da vacina BCG, nota-se que os indices mais elevados de cobertura nos estados supracitados foram: Pernambuco 2005 (117,31%); Bahia 2006 (114,67%); Ceará 2006 (113,29%). Em contrapartida, os índices que apresentaram inferioridade foram: Ceará 2005 (99,22%); Bahia 2005 (102,37%); Pernambuco 2008 (190,8%). Em relação a cobertura da vacina contra o vírus da Hepatite B, tem-se que Ceará 2006 (106,04%); Pernambuco 2007 (104,14%) e Bahia 2006 (99,91%), representam os índices mais elevados. Entretanto, há níveis de cobertura inferiores preocupantes, como: Pernambuco 2006 (99,31%); Ceará 2005 (88,16%) e Bahia 2005 (84,22%), demonstrando bastante ineficácia no que concerne a assistência relacionada a imunização. CONCLUSÃO: Verifica-se que, embora com níveis elevados de cobertura vacinal, os estados analisados nesse estudo encontram-se ainda com déficits na oferta de vacina. Por conta disso, faz-se necessário investimento em campanhas e intervenções programadas a serem executadas, preferencialmente, pelo Estado para aumentar a cobertura vacinal.Progra