Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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COBERTURA VACINAL DE BCG E HEPATITE B NA REGIÃO NORDESTE: UMA ANÁLISE DOS INDICADORES DE COBERTURA
Deise Maria Nascimento Sousa, Lara Leite de Oliveira, Igor Cordeiro Mendes, Elizian Braga Rodrigues Bernardo, Luana Leite de Oliveira, Maria Aline Batista de Almeida, Ana Kelve de Castro Damasceno

Resumo


INTRODUÇÃO. O Programa Nacional de Imunização do Brasil é reconhecido internacionalmente pelo seu êxito na erradicação e controle das doenças preveníveis por vacinação. Um dos instrumentos fundamentais para avaliar o desempenho do programa é a cobertura vacinal. A cobertura vacinal é definida como o percentual de uma população-alvo que foi vacinada, sendo estimada no país, a partir dos dados registrados pelas unidades básicas de saúde, estando sujeita a importantes erros de registro, transcrição, estimativa de população alvo, e outros. OBJETIVO: Avaliar a cobertura vacinal ofertada na região Nordeste, referente as vacinas BCG e contra o vírus da Hepatite B. METODOLOGIA: Estudo do tipo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Utilizaram-se dados disponíveis no site do DATASUS referentes aos três estados da região nordeste que apresentaram um maior percentual na quantidade de nascidos vivos, sendo os seguintes: Bahia, Pernambuco e Ceará. Os casos considerados foram os que estavam devidamente registrados conforme indicado pelo Ministério da Saúde no período de 2005 a 2009 relacionados a cobertura vacinal das vacinas BGC e contra o vírus da Hepatite B. RESULTADOS: Na análise da série histórica, ao avaliar-se a cobertura da vacina BCG, nota-se que os indices mais elevados de cobertura nos estados supracitados foram: Pernambuco 2005 (117,31%); Bahia 2006 (114,67%); Ceará 2006 (113,29%). Em contrapartida, os índices que apresentaram inferioridade foram: Ceará 2005 (99,22%); Bahia 2005 (102,37%); Pernambuco 2008 (190,8%). Em relação a cobertura da vacina contra o vírus da Hepatite B, tem-se que Ceará 2006 (106,04%); Pernambuco 2007 (104,14%) e Bahia 2006 (99,91%), representam os índices mais elevados. Entretanto, há níveis de cobertura inferiores preocupantes, como: Pernambuco 2006 (99,31%); Ceará 2005 (88,16%) e Bahia 2005 (84,22%), demonstrando bastante ineficácia no que concerne a assistência relacionada a imunização. CONCLUSÃO: Verifica-se que, embora com níveis elevados de cobertura vacinal, os estados analisados nesse estudo encontram-se ainda com déficits na oferta de vacina. Por conta disso, faz-se necessário investimento em campanhas e intervenções programadas a serem executadas, preferencialmente, pelo Estado para aumentar a cobertura vacinal.Progra