Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Concepções de profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem a respeito do Suicídio e de comportamentos suicidas em Diamantina-MG
Ana Paula Fraga Pacheco, Bianca Luisy Santos Alves, Giulian Gabriela Mendes Silva, Cláudia Ap. Fernandes Cordeiro, Carliaine Aparecida Siqueira, Elaine Oiveira Leite, Maria da Penha Rodrigues Firmes, Daisy de Rezende Figueiredo Fernandes, Nadia Veronica Halboth

Resumo


Mais pessoas morrem, em todo o mundo, por suicídio do que as que morrem em decorrência de guerras e de homicídios, somadas. No entanto, ainda existe um grande preconceito acerca do assunto e pouco conhecimento a respeito da possibilidade de prevenção deste agravo. Profissionais da área de enfermagem tem um importante papel na prevenção dos suicídios. O presente estudo teve como objetivo principal, conhecer as concepções de técnicos e auxiliares de enfermagem a respeito do suicídio e de comportamentos suicidas, verificando se os mesmos realizam ações preventivas quando do atendimento desses comportamentos. Realizou-se entrevista semi-estruturada, de natureza individual, com 19 técnicos e auxiliares de enfermagem do Município de Diamantina - MG. O estudo foi de caráter social, investigativo e descritivo, com abordagem qualitativa. As entrevistas foram desenvolvidas a partir de cinco perguntas norteadoras relacionadas ao tema, realizadas nos locais de trabalho dos sujeitos de pesquisa. As mesmas foram gravadas, transcritas na íntegra e posteriormente analisadas. Os entrevistados relataram que os fatores que levam uma pessoa a se suicidar são: fatores estressantes como problemas de família e de relacionamentos, falta de dinheiro, falta de fé e de Deus, bem como doenças mentais como a depressão. Seis deles afirmaram já ter atendido pacientes que tentaram suicídio através de envenenamento e automutilação. Com relação ao atendimento prestado, embora o principal aspecto levantado tenha se referido os procedimentos técnicos alguns entrevistados ressaltam a importância de conversar com o paciente, procurar saber o porquê da tentativa e orientá-lo a procurar atendimento espiritual, o serviço de atenção básica e ajuda especializada. Parte dos entrevistados acredita que o suicídio pode ser prevenido na maioria dos casos, porém ressalta que é preciso apoio da família e força de vontade da pessoa, além de investimento público em melhorias na qualidade de vida. Poucos profissionais se colocaram como tendo um papel importante na prevenção. Conclui-se que é necessário desenvolver estratégias de sensibilização dos profissionais da área da saúde para melhor assistirem pacientes com comportamentos suicidas bem como, promover o interesse sobre o tema.