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Projeto Terapêutico Singular é um dispositivo que tem como objetivo traçar uma estratégia de intervenção para o usuário, levando-se em conta os recursos da equipe, do território, da família e do próprio sujeito. Ele pressupõe um aprofundamento na discussão do problema e o envolvimento de todas as partes, determinando a necessidade de co-produção e co-gestão do processo terapêutico. Este trabalho relata a experiência da construção do PTS de uma família atendida pela equipe de saúde da família do Tijolão, no bairro de Mangabeira, no Distrito Sanitário III da cidade de João Pessoa-PB. A partir da identificação de uma situação familiar e do sentimento de angústia e impotência frente a ela, a Agente Comunitária de Saúde trouxe a situação para a equipe, que contava com um psicólogo-residente em saúde de família e comunidade. Firmou-se, então, uma parceria entre a equipe de saúde, a residência multiprofissional e o CAPS II - Caminhar. Inicialmente, estabeleceu-se um “diagnóstico”, com um olhar voltado às dimensões orgânica, psicológica e social da família. A partir de então, definiram-se metas, incluindo a negociação das propostas de intervenção com a família; estabeleceu-se uma divisão de responsabilidades e tarefas entre os membros da equipe e, enquanto os processos aconteciam, as ações têm sido constantemente avaliadas. Muito ainda se tem a avançar, porém já se deu os primeiros passos no movimento de emancipação afetiva, material e social das pessoas envolvidas. Observa-se também uma articulação entre alguns serviços durante esse processo, especialmente, entre a equipe de saúde e o CAPS - Caminhar, o que fortalece a integração entre a rede de saúde mental e a atenção básica e potencializa a capacidade de intervenção junto à família. Seguem-se alguns desafios, como: administrar o tempo, já que as demandas no serviço são muitas e proporcionar formação técnica para os trabalhadores da equipe.