Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
CONTRIBUIÇÕES DO ELEMENTO LÚDICO NO APOIO À CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE INFANTIL
Braulio Nogueira de Oliveira, José Pereira Maia Neto, Leonardo José Aprígio Costa Souza, Wellington Gomes Feitosa, Virginia Marcia Assunção Viana

Resumo


A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecto-contagiosa grave. A criança infectada adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A vacinação é a principal maneira de prevenção dessa patologia. Desta forma o Ministério da Saúde, anualmente, desenvolve uma campanha nacional de vacinação dividida em duas etapas, com intervalo de dois meses entre as doses. O Brasil foi contemplado com a certificação internacional de erradicação da transmissão da poliomielite, título conquistado devido às políticas públicas voltadas para tal temática. Embora seja muito benéfica, geralmente a vacinação é um processo doloroso ou não agradável para as crianças. Nesse sentido, a partir de estudos preliminares do PET-Saúde tendo como técnica a observação participante, a equipe multi/interdisciplinar de estudantes inseridas em cinco Centros de Saúde da Família (CSF) de Fortaleza/CE, delimitou como uma de suas linhas de ação contribuir com a campanha nacional de vacinação realizada nos CSF no sentido de minimizar a visão negativa de grande parte das crianças em relação à vacinação. Esse texto trata de um relato da experiência de como o uso de atividades lúdicas podem influenciar nas campanhas de vacinação. Os integrantes da equipe PET-Saúde juntamente com os preceptores reuniram-se, planejaram as atividades que seriam desenvolvidas nos dois momentos da campanha, as tarefas foram dividas, executaram e registraram a experiência com enfoque nas atividades desenvolvidas e na percepção dos efeitos dessas atividades. Foram utilizados materiais como bexigas, pirulitos, gravuras, músicas e utensílios de pintura, que funcionaram como mediadores das atividades lúdico-educativas com trabalho específico de educação em saúde que trataram de temas como educação nutricional; saúde bucal; e preservação do meio ambiente. Além desse trabalho de educação em saúde, notou-se relativa aceitação e redução do caráter muitas vezes traumático da campanha, contando com a participação de muitas crianças pelo caráter lúdico das atividades. Conclui-se que o elemento lúdico foi um fator diferencial nessa campanha de vacinação para crianças podendo trazer benefícios tanto no que diz respeito à aceitação da condição de ser vacinado por parte da criança, quanto pelo fato de terem sido trabalhados diversos temas de educação em saúde.