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Introdução: O tema arte com criança hospitalizada despertou meu interesse de pesquisa a partir da minha experiência de trabalho como profissional de saúde em hospitais. Observei algumas questões importantes durante a internação de crianças: 1) diversas atividades artísticas realizadas por voluntários; 2) a recusa de algumas crianças em participar das atividades 3) a exigência institucional da existência deste tipo de ação; 4) o estranhamento de algumas ações que ao invés de confortar causavam ainda mais angústia e 5) a não participação das crianças na escolhas das atividades que seriam realizadas para elas. As práticas de saúde desenvolveram-se de diversas formas ao longo da história – das atividades realizadas por pajés na cultura indígena, às parteiras que ainda hoje atuam em diversas cidades do Brasil, à introdução dos saberes médicos e futuramente as políticas de governos voltadas para o controle populacional são apenas alguns formas de cuidar da saúde/doença. Hoje temos também o trabalho em saúde como uma prática que responde às exigências econômicas, políticas e ideológicas. As ações e políticas de saúde em nosso país são marcadas por influências de organismos internacionais, mas também pela organização coletiva de diversos setores da sociedade. O período que vai dos nos 1990 a 2000 tem como uma de suas características a implementação das políticas de Terceira Via. Estas possuem como característica principal a radicalização da democracia que seria construída através de uma “sociedade civil “ativa” (parceira do Estado na execução das políticas sociais) e da concertação social (colaboração entre os diferentes grupos sociais em prol da equidade)”. (PONTES & BRAGA, 2010) Tais políticas incentivam cada vez mais que a sociedade responda por ações como às de saúde. A partir do exposto neste resumo trago algumas indagações sobre o tema: O que as unidades de saúde apresentam como proposta de atividades artísticas voltadas para crianças hospitalizadas? Como são desenvolvidas tais ações? Quais são os limites e as possibilidades das atividades artísticas realizadas com crianças hospitalizadas? Até que ponto essas ações contribuem para a melhora no quadro de saúde destes usuários?Objetivo: Realizar um debate crítico a partir de experiências que utilizam de linguagens artísticas (teatro, dança, música, pintura, entre outras) com crianças hospitalizadas.Método: Pesquisa de cunho bibliográfico a partir das publicações acadêmicas existentes sobre o tema. Resultados: A pesquisa encontra-se em fase inicial. No momento da inscrição deste resumo na 10ª edição do Congresso da Rede Unida, a fase é de levantamento bibliográfico e análise/estudo do material.Referência Bibliográfica: PONTES, C. F., e BRAGA, F., I (org). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio da história. Rio de Janeiro. Editora Fiocruz, 2010.