Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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DESAFIO DO SUS FRENTE AO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL
Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva, Jane Márcia de Oliveira, Valdir Borges Vieira, Márcia Cristina do Espírito Santo

Resumo


Introdução: A transição demográfica brasileira impõe ao Sistema Único de Saúde (SUS) um grande desafio, na medida em que aumenta de forma significativa a demanda de assistência a esse grupo em todos os níveis de atenção à saúde. Embora o envelhecimento não seja sinônimo de doenças, as doenças, especialmente as crônicas, se manifestam de forma mais freqüente nesses indivíduos em função das alterações fisiológicas da idade associadas a outros fatores comportamentais e ambientais. Considerando a Atenção Básica como principal porta de entrada do SUS e a Estratégia Saúde da Família como responsável pelo acompanhamento das condições de saúde dos usuários residentes na área adscrita, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde tem contribuído para a efetivação de ações de saúde de forma a atender as demandas locais.Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico de uma população idosa atendida pela Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Benjamin Asato em Campo Grande-MS e refletir sobre as demandas que esse perfil impõe ao serviço de saúde local.Métodos: Trata-se de dados preliminares de uma pesquisa sobre condições de vida e saúde de idosos de Campo Grande-MS que está sendo desenvolvida por acadêmicos, tutores e preceptores do PET-Saúde da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.São dados epidemiológicos secundários obtidos a partir das fichas “A” utilizadas pelos agentes comunitários de saúde de 4 Equipes da Saúde da Família da UBSF, que foram tabulados e analisados por estatística descritiva.Resultados: Foram analisadas as fichas de 789 idosos residentes na região. Destes, 49,76% são do sexo masculino e 50,24% do sexo feminino, com idade média de 68,9 anos. 20,6% dos idosos são analfabetos e 3,5% dependentes fisicamente. Quanto à prevalência de doenças, a maioria apresenta hipertensão arterial (59,6%), seguidos de 12,7% de diabéticos; entre os diabéticos 93% também são hipertensos e ainda, 3,2% possuem três ou mais patologias associadas. 0,85% possui algum tipo de câncer, 2,45% possui algum tipo de deficiência, seja ela física, auditiva e visual e 3,79% mental.Conclusão: as condições sociais e de saúde da população idoso como o elevado número de analfabetos e altos índices de doenças crônicas revelam a necessidade da implementação de práticas que priorizem as ações de prevenção primária, secundária e terciária, concomitantemente com as ações de tratamento e recuperação em todos os níveis de atenção à saúde.