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O presente relato descreve a experiência de formação dos/as profissionais das equipes de saúde da Estratégia Saúde da Família do município de Viçosa/MG desenvolvida pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Universidade Federal de Viçosa (NIEG/UFV) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A experiência surge a partir de demanda criada pela SMS em que os/as Agentes Comunitários/as de Saúde recém contratados/as deveriam participar de um curso introdutório. Além disso, condensa os principais objetivos do projeto de extensão em interface com a pesquisa Educação permanente em saúde e a Estratégia Saúde da Família: instrumentalização para a prática reflexiva. Assim, a formação nasce como uma oportunidade de avaliar os impactos do projeto, formar estudantes de variados cursos de graduação, fortalecer parcerias, articular as equipes de saúde e contribuir para a formação diferenciada dos/as profissionais de saúde do município. A experiência envolveu estudantes de enfermagem, pedagogia, economia doméstica, educação infantil, trabalhadoras da SMS, docentes e as 15 equipes do município, divididas em duas turmas, durante duas semanas presenciais e uma semana de atividades em campo. As oficinas foram organizadas em torno das temáticas: Histórico do SUS, da ESF e da profissão de ACS; Cidadania, Direitos e Políticas Públicas; Diretrizes do SUS, Participação popular e controle social; Conceitos de saúde; Prevenção da doença e promoção da saúde; Arranjos familiares; Família como unidade de cuidado da ESF; Território; Cadastro; Sistemas de Informações; Visitas domiciliares; Diversidade Sexual, Raça/etnia; Enfrentamento da violência contra mulheres; Atendimento às pessoas com necessidades especiais. O intercâmbio de saberes que permeou o processo de formação possibilitou a identificação de temáticas de pesquisas e ações de extensão nas áreas de saúde, educação, trabalho e gênero. Por meio de relatos dos/as profissionais de saúde, observamos a qualificação das ações/intervenções das equipes junto aos/ás usuários/as numa perspectiva humanizada, pluralista, sensível e coerente à realidade local. Acreditamos na possibilidade de adaptação dessa experiência para outros contextos e que sua reflexão contribui com as discussões acerca da formação permanente em saúde e dos impactos que gera nas práticas de atenção básica para o fortalecimento do SUS.