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Caracterização do problema: Reconhecida a necessidade de implementação da educação permanente no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) com base nos pressupostos éticos, técnicos, estéticos, políticos e pedagógicos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, o desafio foi a transformação das práticas pedagógicas e educativas hegemônicas, bem como a inserção da área na organização hospitalar. Foram priorizados desenvolvimento de projetos de qualificação e valorização do seu quadro de pessoal, criando referências internas para a educação permanente em saúde e qualificando a gestão da educação, por meio da Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde. Descrição da experiência: O curso foi oferecido ao HRMS e outros hospitais públicos do estado, com o objetivo de aprimorar o modelo de gestão da educação, formar facilitadores de Educação Permanente em saúde, implementar práticas de educação em serviço, certificadas e reconhecidas pela organização. O curso para profissionais de nível superior ocorreu no formato semipresencial, a partir da reflexão crítica das práticas educativas vigentes nas organizações, com aporte teórico – conceitual e desenvolvimento de competências requeridas para a educação permanente em saúde. Os participantes desenvolveram Projetos de Intervenção em seus serviços com enfoque na Educação Permanente, visando à transformação da gestão da clínica e do trabalho. Efeitos Alcançados: A avaliação do curso pelos participantes mostrou o reconhecimento da necessidade de mudança de paradigmas da educação, da diferenciação entre os conceitos de educação permanente e educação continuada, da metodologia mais adequada para EP, da construção coletiva do conhecimento, da educação em ato; do cotidiano do trabalho como matéria-prima para ações de educação, das possibilidades para o desenvolvimento de ações educativas de formas diversas no ambiente hospitalar; da influência da subjetividade dos profissionais nas ações de educação. Recomendações: Oferecer apoio para garantir a continuidade dos projetos de intervenção e de novas ações; desenvolver proposta semelhante em outros hospitais; estimular a reflexão sobre a gestão da educação nos serviços que, acontecendo informalmente no cotidiano das equipes não é reconhecida como tal, e não sofre qualificação das práticas pedagógicas; estimular o registro e contabilizar ações de educação nos serviços, visando dar visibilidade às ações informais no cotidiano.