Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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DIRETRIZES DO PROGRAMA DE PARTO HUMANIZADO E TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO: CONHECIMENTO DE UMA GESTANTE
Lucio Camargo

Resumo


Lucio Rodrigo Lucca de Camargo, Amarilys de Oliveira e Silva, Danieli Emmer Cardoso, Ezequiel Teixeira, Josinéia Eliane Cardoso, Gabriela Franciscatto, Tiago Souza Paiva1, Andrea Duarte de Almeida2 , Cibeli de Souza Prates3 Introdução: A proposta do parto humanizado é dar assistência necessária às parturientes em locais preparados para proporcionar todo conforto e segurança necessário para um parto natural sem distócia. Nessa perspectiva, foram criados os Centros de Parto Normal (CPN), onde as gestantes contam com uma estrutura física e com profissionais capacitados para evolução do parto proporcionando bem estar físico e mental, contando com a presença de um familiar de sua confiança e equipamentos necessários para alívio da dor sem o uso medicamentoso. Objetivo: Relatar um estudo de caso sobre o conhecimento de uma gestante quanto às diretrizes do programa de humanização e o tratamento não farmacológico para alívio da dor no trabalho de parto. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso seguindo uma abordagem qualitativa, realizado com uma primigesta (gestante de primeiro filho), G1, P0, A0, 36 semanas, com rompimento da bolsa amniótica, movimentos fetais presentes, BCF 124bat/min, que internou no Centro de Parto Normal de Alvorada. Este estudo foi realizado por acadêmicos de Enfermagem em junho de 2011 durante o Estágio da Disciplina Saúde Materna do Centro Universitário Metodista do IPA. Foi realizado uma entrevista semi-estruturada com questões abertas sobre o conhecimento da gestante quanto à informações pautadas nas diretrizes do Programa de Humanização do Ministério da Saúde e as terapias não farmacológicas para alívio da dor no trabalho de parto. Resultados: Após a análise dos dados, entende-se que a primípara não teve nenhum esclarecimento sobre dados importantes como o direito a um acompanhante durante sua permanência no hospital, as posições durante o parto, quais os cuidados na admissão do neonato, conforme declaração da usuária “eles retiram o bebê e levam pra lá, não sabia o que eles faziam lá”. Foram feitas algumas atividades para alívio da dor: cavalinho, deambulação, bola, acupressão, massagem. Estas intervenções ocasionaram um alivio da dor que se torna muito importante para um parto sem distócia, quando indagada sobre seu conhecimento, a mesma respondeu que “nunca ninguém me explicou, foi bom vocês virem aqui me explicar, pra mim foi bom a explicação porque é a primeira vez e ninguém me explicou nada.” Considerações Finais: A gestação é uma fase muito importante na vida de uma mulher, sendo o trabalho de parto o momento mais próximo do nascimento de uma vida. A humanização do parto busca resgatar a naturalidade e simplicidade do parto normal na vida de uma mulher, para isso tem como proposta o acolhimento da gestante e de todos os integrantes da família. Conforme relato da paciente, a mesma desconhecia este tipo de técnica para alívio da dor, nem tampouco tinha conhecimento sobre como agir no trabalho de parto. Conclui-se que os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto ainda são pouco conhecidos, e que a humanização começa pelo esclarecimento das usuárias e pelo envolvimento de toda a equipe que presta cuidados a esta gestante. Referências Bibliográficas: Diniz C. S. G.; Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento; Rev. Ciência e Saúde Coletiva, 2005, v.10, n.3, p.627-637. Machado N. X. de S.; Praça, N. de S.; Centro de parto normal e assistência obstétrica centrada nas necessidades da parturiente; Rev. Escola de Enfermagem USP, 2006, v.40, n.2, p.274-279. Reberte L. M.; Hoga, L. A. K.; Desenvolvimento de um grupo de gestante com a utilização da abordagem corporal; Rev. Texto Contexto Enfermagem, Abr-jun/2005, v.14, n.2, p.186-192. Marque F. C.; Dias, I. M. V.; A percepção da equipe de enfermagem sobre humanização do parto e nascimento; Rev. Enfermagem Escola Anna Nery, Dez/2006, v.10, n.3, p.439-447.