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CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: A construção de cuidados a usuários de drogas no Sistema Único de Saúde- SUS tem se realizado em meio a grandes desafios, dentre eles, a formação de trabalhadores para desenvolver ações que possam minimizar os riscos e os danos associados ao uso de drogas, produzir melhorias na saúde e possibilitar novas inserções sociais a usuários. Diante deste desafio, em 2010, a Escola de Saude Pública de Minas Gerais – ESP MG, em parceria com a Coordenação de Saúde Mental - CESM da Secretaria de Estado de Saúde de MG, desenvolveu uma ação de formação que buscou contribuir para a implementação de cuidados a usuários de drogas, pautados pelos princípios e diretrizes do SUS, da Reforma Psiquiátrica e da Redução de Danos.DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A ação denominada Oficina de Atenção a Usuários de Álcool e outras Drogas no SUS/ MG foi construída por trabalhadores da CESM, da ESP MG, de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD e por redutores de danos. A Oficina foi destinada a 50 trabalhadores, de diferentes serviços, com diferentes níveis de formação, originários de 18 municípios de pequeno, médio e grande porte. A opção por um grupo heterogêneo se fez para possibilitar a circulação de diferentes discursos e para iniciar uma prática de interlocução, imprescindível aos trabalhos em rede. A ação teve carga horária de 90 horas/aula, distribuída em seis módulos: Drogas e cultura; Saúde Pública, Uso de Drogas e Redução de Danos, Abordagens na Atenção Primária, Abordagens nos CAPS, Abordagens às Crises, Articulações de Redes Intersetoriais. Entre um módulo e outro, sob orientação de tutores, os participantes, agrupados por municípios, desenvolveram trabalhos que problematizavam as ações já desenvolvidas e apresentavam propostas de ações locais. Cada módulo se dividiu em três momentos: exposição dialogada, discussão de experiências e apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos participantes. EFEITOS ALCANÇADOS: A ação proporcionou um diálogo entre as práticas desenvolvidas e conteúdos técnicos e políticos, bem como a formulação e o desenvolvimento de práticas locais de cuidados a usuários de drogas, a partir das proposições do SUS.RECOMENDAÇÕES: Esta experiência demonstrou a importância das ações de formação construídas coletivamente e que dialogam com as práticas de trabalhadores, na implantação de redes de cuidados no SUS, sobretudo em áreas de muitos dissensos, como na atenção a usuários de drogas.