Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ERGONOMIA E O TRABALHO DE ENFERMAGEM
Paloma Solano, Clara de Oliveira Rennó, Maithê de Carvalho e Lemos, Joanir Pereira Passos

Resumo


INTRODUÇÃO: Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem, de modo a reduzir a nocividade e proporcionar segurança, satisfação e saúde ao trabalhador(1). As doenças do trabalho ou relacionadas a este, englobam um conjunto de agravos que incidem sobre a saúde de um trabalhador, onde, muitas vezes, não se identifica apenas um agente causal(2,3). A preocupação com a saúde dos trabalhadores nas instituições brasileiras data do início da década de 70, a partir de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que enfocaram a saúde de trabalhadores hospitalares(4). Dentre estes, destacam-se os de enfermagem, pois são a maior força de trabalho nessas unidades e, consequentemente, os mais expostos a doenças ocupacionais. OBJETIVO: Realizar um levantamento e análise da produção científica, nos últimos dez anos (2000-2010), que tem como tema central o trabalho em saúde, trabalho em enfermagem e a ergonomia. MÉTODO: Pesquisa bibliográfica realizada nos bancos de dados da LILACS, MEDLINE e SCIELO. Foram utilizados os descritores enfermagem e ergonomia, sendo selecionados 17 artigos. RESULTADOS: A ergonomia poder ser classificada em três tipos: ergonomia física (anatomia humana), cognitiva (processo mental de trabalho) e organizacional (estruturas organizacionais)(1). Nesta perspectiva, de modo a aprofundar o estudo, foram compostas duas categorias: “Pesquisas que estudam a ergonomia visando o trabalho de enfermagem” e “Pesquisas que estudam a ergonomia visando trabalhos de outros profissionais no âmbito hospitalar”. Nas duas categorias a ergonomia física possui maior frequência; os assuntos mais abordados são relativos à movimentação e transporte de clientes e sintomas músculo-esqueléticos que atingem o trabalhador de enfermagem. Evidencia-se que o interesse dos autores em realizar estudos acerca da ergonomia física surge devido ao elevado número de profissionais afastados temporária ou permanentemente do ambiente de trabalho por lesões físicas. CONCLUSÃO: As pesquisas voltadas para a temática em questão mostram uma produção maior relacionada à ergonomia física, seguida pela organizacional e cognitiva. Apesar das publicações já existentes sobre ergonomia, grande é a lacuna que necessita ser explorada cientificamente para melhoria das condições e qualidade do trabalho. REFERÊNCIAS: 1. Ilda I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher; 2005. 2. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de atenção básica n° 5. Saúde do trabalhador. Brasília (DF); 2002. p. 68. 3. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Série A. Normas e manuais técnicos, n.103. Brasília (DF); 2001. p. 36. 4. Murofuse NT, Marziale MHP. Doenças do sistema osteomuscular em trabalhadores de enfermagem. Rev Lat Am Enfermagem. 2005 mai/jun;13(3): 364-73.