Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ESTADO FUNCIONAL, ESTADO COGNITIVO E CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Luana Araújo dos Reis, Rafaella Caires Oliveira, Luciana Araujo dos Reis, Nadirlene Pereira Gomes, Bianca Silva Santos, Emmaiara Nascimento de Oliveira, Thalita Andrade Oliveira

Resumo


O envelhecimento normal engloba um declínio gradual nas funções cognitivas e físicas. Este declínio tem início e progressão extremamente variáveis dependendo de fatores educacionais, de saúde e das capacidades mentais e físicas específicas do indivíduo. Percebe-se que nas alterações relacionadas com a idade estão a presença de fatores de risco e a ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que determinam para o idoso certo grau de dependência, relacionado diretamente com a perda de autonomia e dificuldade de realizar as atividades básicas de vida diária, interferindo na sua qualidade de vida. Este estudo tem por objetivo analisar o estado funcional, estado cognitivo e condições de saúde em idosos institucionalizados. Trata-se de uma pesquisa descritiva com delineamento transversal e abordagem quantitativa. O local de estudo foi uma instituição de acolhimento exclusivo de idosos, no município de Vitória da Conquista/BA. A população alvo foi composta por todos os idosos residentes na instituição asilar, com amostra de 34 idosos. O instrumento de coleta foi constituído do Índice da Barthel (para avaliação das atividades básicas de vida diária), o Mine-exame do estado mental (para avaliação do estado mental/cognitivo) e questões relacionadas à saúde. Os dados foram analisados de maneira descritiva por meio do programa estatístico SPSS®, versão 15.0. Verificou-se que 64,28% dos idosos eram do sexo feminino, 57,14% analfabetos e 50,00% solteiros. Quanto às condições de saúde 88,23% apresentavam problemas de saúde, sendo os mais freqüentes a hipertensão arterial (57,14%) e o diabetes mellitus (35,71%). Em relação à capacidade funcional 82,35% dos idosos foram classificados como dependentes, sendo mais comum a dependência do tipo leve (64,28%). Constatou-se que 41,17% apresentaram alteração cognitiva e destes 85,71% possuíam funções cognitivas com sugestão de déficit cognitivo. Observou-se que os idosos avaliados apresentaram elevado comprometimento das condições de saúde, do estado funcional e cognitivo, o que representa risco ao acometimento da qualidade de vida destes. Nesse sentido, compreender as condições de saúde, estado funcional e cognitivo a que estão expostas à população idosa institucionalizada pode auxiliar no planejamento de políticas publicas na reorganização de estratégias preventivas e assistenciais de cuidado ao idoso institucionalizado.