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Introdução: Este estudo, realizado em 2008, foi uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá - Tefé e do NESA/ Uerj, com apoio da FUNASA e MS. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico de adolescentes e jovens de comunidades ribeirinhas da Reserva de Mamirauá, Amazonas. Métodos: A pesquisa quantitativa foi realizada através de um estudo do tipo transversal, tendo como instrumento um questionário semi-estruturado, previamente testado quanto sua validade e confiabilidade. A coleta de dados foi feita com jovens e adolescentes de cinco localidades da Reserva Mamirauá. Todos os participantes assinaram um termo de conhecimento livre e esclarecido. Resultados: No estudo quantitativo participaram 118 adolescentes e jovens, de ambos os sexos, com idades entre 10 e 24 anos. Resultados: 87% trabalham, sendo que destes 89,3% começaram a trabalhar antes dos 15 anos de idade (7% aos cinco anos). 92% se acham alegres, 10% tímidos, 5% tristes e 5% nervosos. As drogas mais consumidas são o álcool (44%) e o tabaco (40,7%). Somente um relatou o uso de cocaína no último mês. No entanto, nove acusaram o uso de cocaína entre os amigos. Quanto aos acidentes 67% vincularam ao lazer e 27% ao trabalho. Sobre a violência 52% relataram que apanhavam em casa. O primeiro método contraceptivo usado (96%) foi o preservativo masculino, 69% não consultaram um profissional de saúde, 50% tiveram relações sexuais com mais de um parceiro no último ano. 90% nunca ouviram falar em anticoncepcional de emergência. Conclusão: O grupo estudado é alegre e bem adaptado, feliz por morar nas regiões ribeirinhas. Achados que poderiam ser evitados: agravos preveníveis à saúde; uso abusivo de álcool, violência familiar e início precoce da atividade sexual. Os resultados poderão contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a proteção, a valorização e a promoção da saúde dos adolescentes e jovens ribeirinhos.