Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Experiências de uma Equipe de Saúde da Família com adolescentes de duas Escolas Municipais no Município de Nova Friburgo.
Penha Faria Cunha

Resumo


Caracterização do problema: Considerando os adolescentes um grupo muito peculiar, pois não são considerados mais crianças nem tão pouco adultos, por ser fato comum não terem suas especificidades consideradas ou suas necessidades contempladas, considerando também a baixa freqüência desse grupo nos serviços de saúde que estabelece relações de poder desiguais entre uma geração, detentora de maior poder (adultos), sobre outra (adolescentes e jovens) e, por fim, considerando o aumento do número de adolescentes grávidas nas Escolas em questão a equipe da Estratégia de Saúde da Família do bairro decide enfrentar todas essas dificuldades e colocar em prática o velho ditado: “ Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.Inicialmente começamos as atividades com os alunos do 8° e 9° anos das escolas Municipais Juscelino Kubitscheck e Dr. Dante Magliano. Descrição da experiência: Com o objetivo de se aproximar do grupo e tornar o espaço do serviço de saúde atrativo e passível de reconhecimento pelos adolescentes e jovens como ponto importante de apoio e orientação foram promovidas atividades tanto na escola como na Unidade de Saúde. O projeto organizado pela Odontóloga de Família foi composto de oficinas que abordavam os mais variados temas desde sexualidade até cidadania e meio ambiente, eventos na comunidade e passeios, no entanto todos da equipe participavam ativamente das atividades: Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeira, Técnica de Enfermagem, Auxiliar de Saúde Bucal e nos grandes eventos até a Auxiliar Administrativa e a Auxiliar de Serviços Gerais colaboravam. Efeitos alcançados e recomendações: Aos profissionais de saúde envolvidos, as experiências propiciaram oportunidades de reflexão e auto-conhecimento, abrindo novas possibilidades de transformação. Puderam perceber também que o adolescente não é "propriedade" de nenhum serviço em especial e que toda a unidade deve se responsabilizar pelos adolescentes, capacitando-os para lidar com suas especificidades individuais, culturais e sociais, mesmo que haja profissionais mais interessados e preparados para lidar com esse grupo.A participação ativa e responsável dos jovens foi o tempo todo incentivada, sempre valorizando o olhar de cada um e buscando integrá-los com os diferentes saberes dos profissionais que trabalham na Unidade Básica de Saúde da Família. Essa participação ativa culminou na apresentação de trabalhos no Encontro Mobilização Jovem da região Serrana realizada pelo Grupo Gestor Estadual do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) e na V Feira de Ciência e Tecnologia promovida pelo CEDERJ.