Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS EM SAÚDE DO IDOSO: CONTRIBUIÇÕES PARA FORMAÇÃO MÉDICA
Maicon Fellipe Gheller, Thainá Soares Miranda, Daniela Nunes Shinzato, Osvaldinete Lopes de Oliveira, Valdir Borges Vieira

Resumo


Caracterização do problema: A analogia feita por San Martin entre um iceberg e as doenças, demonstra que a maior parte destas está na base, compondo as necessidades em saúde não sentidas. Se o indivíduo não percebe a doença, não surge uma necessidade e, logo, não procura o serviço de saúde. Devido a esta situação, falta de educação em saúde ou mesmo dificuldade no deslocamento, uma parcela dentre a população idosa abrangida pela UBSF Parque do Sol não procura os serviços de saúde. Concomitantemente, há falta de oferta de profissionais que busquem esclarecer dúvidas e estimular a capacidade funcional da população, contribuindo ainda mais para o “Iceberg das Doenças”. Descrição da experiência: Durante 3 meses, acadêmicos de medicina elaboraram atividades com temas relacionados à terceira idade, como: Osteoporose, Doença de Alzheimer, Oficinas de Dança e Higiene Pessoal. As práticas seguiram a proposta participativa e interativa da Teoria da Ação Dialógica de Paulo Freire. Oportunizou-se a fala para a percepção do conhecimento prévio sobre os temas. Pensando nas necessidades sentidas ou não, pretendeu-se incentivar a procura por serviços de saúde com maior freqüência, estimular a melhoria na qualidade de vida, orientar escolhas mais saudáveis e auxiliar na compreensão da saúde de forma global. Efeitos alcançados: Como o profissional generalista, capacitado em atuar em todos os níveis de atenção à saúde e articular ensino/assistência, é o perfil traçado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, constatamos a contribuição positiva da inserção do aluno de graduação na ESF, visto que, o estudante torna-se potencial modificador da realidade. A colaboração em atividades voltadas à humanização e à qualificação da atenção à saúde torna-se subsídio para a formação do profissional não só preparado para o mercado de trabalho, mas crítico da realidade social na qual se insere e capacitado para prevenção, promoção e educação em saúde. Recomendações: A formação de profissionais de saúde deve avançar no delineamento dos possíveis cenários sociais nos quais estarão inseridos, identificando as necessidades de saúde da população e ampliando o foco da formação profissional. Este importante passo a ser dado gerará apropriação da metodologia participativa pelos acadêmicos e contribuirá para a formação de um médico melhor preparado para a atenção à saúde integral e familiar.