Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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FATORES ASSOCIADOS AO DESMAME PRECOCE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO PARAIBANO
Anny Kelly Felix de Moura, Markinokoff Lima e Silva Filho, Maria do Socorro Matias de Oliveira, Luzibênia Leal de Oliveira, Priscila Sabino dos Santos, Raissa dos Santos Ramos

Resumo


INTRODUÇÃO: O Aleitamento Materno – AM mostra-se como importante fator para a redução da morbimortalidade infantil. Visto a importância desse período, o Ministério da Saúde – MS estimula ações e pactos que objetivam a manutenção do Aleitamento Materno Exclisivo – AME até os seis primeiros meses de vida da criança. Em contrapartida, as mães muitas vezes não seguem a preconização e o desmame precoce se efetiva. Esse cenário pode acarretar diversos males para o lactente, entre eles: aumento do risco de alergias, desnutrição, obesidade infantil e problemas gastrointestinais. OBJETIVOS: Elencar os principais fatores relatados pelas mães que estão relacionados ao desmame precoce. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa. A amostra foi composta por 62 mulheres, número correspondente ao total de mães de crianças em AM cadastradas em uma Unidade Básica de Saúde da Família – UBSF, localizada no município de Campina Grande/PB. Os dados foram colhidos através de um formulário semi-estruturado. RESULTADOS: A mães que compõem o estudo apresentam média de 27,20 anos de idade, ensino médio completo, renda familiar de 2 salários mínimos, trabalham no lar, com 1 filho e casadas. Quando perguntadas sobre a idade ideal para a introdução de alimentos complementares na dieta da criança, 69,36% das mães tinham conhecimento de que o AME deveria se realizado até os seis meses de vida. Embora, o estudo mostrou que 67,76% das mães não seguiram as recomendações do MS e deixaram de amamentar seus filhos exclusivamente antes desse período. Dentre os motivos mais elencados pelas mães para o desmame precoce, o retorno ao trabalho (20,97%) foi a causa mais recorrente. Deve-se ressaltar que a legislação brasileira garante a gestante o direito à licença-maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário para as mulheres com carteira assinada, que pode não ser o cenário das mulheres desse estudo. A insuficiência do leite citada por 17,74% pode estar relacionada às deficiências nutricionais ou a falta de informação correta sobre fatores importantes para a produção do leite. CONCLUSÃO: Apesar dos esforços do MS e dos profissionais da UBSF percebe-se que muitas mães, embora tenham conhecimento acerca da importância do AME, não o seguem. Tornando-se essencial que programas de promoção, proteção e apoio ao AM sejam efetivados considerando e respeitando os entraves locais, para que efetivamente seja promovida a manutenção de hábitos alimentares adequados.