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INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam a maior causa de morbimortalidade no mundo e, especificamente no Brasil, correspondem a um expressivo volume de gastos com aposentadorias precoces, e custos com tratamento de saúde. Dentre os fatores de risco, tabagismo é considerado o maior fator de risco para ocorrência de mortes evitáveis no mundo (BRASIL, 2007). Apresentar outros fatores associados a ele implica em aumento significativo da chance de se desenvolver complicações cardiovasculares. OBJETIVOS: Verificar a presença de outros fatores de risco cardiovascular associados ao tabagismo entre um grupo de participantes do Programa de Tratamento do Tabagismo da Universidade Federal do Piauí. MÉTODO: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, realizado em Teresina-PI, junto aos participantes do Programa de Tratamento do Tabagismo de uma universidade pública. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual, utilizando um formulário semi-estruturado. RESULTADOS: Quanto aos hábitos de vida, verificou-se que 68% dos participantes não praticam atividade física. Não havia etilistas no grupo. Quanto à presença de doenças crônicas, verificou-se que 31,3% dos sujeitos apresentam hipertensão arterial, 56,3% relataram a presença de história familiar dessa doença, e apenas 8,3% dos participantes apresentam diabetes mellitus. Os fatores de risco predominantes no grupo, além da presença do tabagismo, foram o sedentarismo, identificado em 68,75% dos participantes, as taxas de LDL colesterol elevadas, presentes em 62,79% desses entrevistados, e o excesso de peso, apresentado por 62,50% dos estudados, e a obesidade em 45,83%. CONCLUSÃO: Verificou-se, portanto, que vários fatores de risco estão associados ao fumo nos participantes do programa de tratamento de tabagismo em Teresina, alguns com maior relevância. Sabe-se que controlar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares não é fácil, porém necessário. E, na busca dessa necessidade, deve haver um esforço conjunto de pacientes, profissionais e serviços de saúde, família e comunidade, com o objetivo de se conseguir a redução e controle desses fatores para minimizar o surgimento de problemas cardiovasculares.