Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Fatores desencadeantes da não adesão ao tratamento de Hipertensos e Diabéticos em uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo no município de Guarulhos.
Estela Mion Petrillo, Marisa Laporta Chudo, Ana Paula Menossi, Thiara Cefali Zaher, João Victor Vello de Almeida Camillo, Larissa Cristina Santos Venâncio, Rafael Baptistella D'Ambrósio

Resumo


Introdução: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) atingem a maior parte da população e promovem comorbidades. São assintomáticas, necessitam da participação ativa do paciente e de cuidados minuciosos, o que contribuem para baixa adesão ao tratamento conforme observado no estágio de medicina da Universidade Cidade de São Paulo na Unidade Básica de Saúde (UBS). Objetivos: determinar e entender os fatores da não adesão desses pacientes ao tratamento. Método: os pacientes responderam um questionário, para determinar os fatores da não adesão ao tratamento, composto por três partes: tratamento medicamentoso/monitoramento, restrições/recomendações alimentares e realização de atividade física. Resultados: amostra foi composta por 71 pessoas, 55 mulheres e 16 homens. A prevalência de hipertensos foi de 50,7 %; de diabéticos 43,6 % e de ambas as doenças concomitantes 45,0 %. Todos fazem uso de medicamentos para o controle da HAS e/ou DM, 40,8 % relataram dificuldade na adesão ao tratamento. 94,3 % compareceram às consultas médicas, 92,9 % confiam no médico que os acompanham, porém, somente 77,4 % levaram as recomendações médicas a sério. 94,3 % monitoram a pressão arterial e a glicemia, e 77,6 % o fazem na UBS. 71,8% possuem alguma restrição alimentar, 47,8 % não seguem a recomendação alimentar, sendo a falta de motivação pessoal (44,1 %) a principal justificativa. Foram orientados quanto à realização de atividade física 90,1 %, mas 42,2 % declararam não praticar qualquer atividade, 60 % destes afirmam não terem tempo ou terem alguma doença limitante. Dos que aderiram ao exercício, 60 % o fazem no grupo formado pela UBS. Conclusões: os fatores positivos para a adesão ao tratamento estão vinculados diretamente à UBS, por meio do monitoramento da pressão arterial/glicemia, do grupo de exercícios e aumento da participação dos pacientes no HiperDia. Os fatores desencadeantes para a não adesão foram: falha na orientação e compreensão sobre restrição e recomendação alimentar, falta de motivação pessoal para alterar os hábitos de vida e falta de comprometimento perante as recomendações. Somada a negligência dos pacientes estas doenças se expressam silenciosamente, intensificando a não adesão ao tratamento. A intervenção de especialistas em nutrição e psicólogos facilitaria a adesão.