Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
FORMAS DE CONTRATAÇÃO E TEMPO DE PERMANÊNCIA DE TRABALHADORES GRADUADOS NA ATENÇÃO BÁSICA EM MUNICÍPIOS PEQUENOS NO RS
Lairton Lairton, Andressa Magalhães Flores, Liane Beatriz Righi, Liamara Denise Ubessi, Vera Lehnen Lima

Resumo


A atenção básica (AB) consiste em ações voltada a indivíduos e populações em território adscrito e em uma rede articulada de cuidados e visa a produção da vida. Contudo, é necessário fortalecer a atenção básica. A fixação de trabalhadores tem sido um dos fatores que tem interferido na função da AB colocado em risco à sustentabilidade do SUS. Em regiões periféricas, distantes dos centros e em municípios pequenos o problema da fixação dos trabalhadores graduados é ainda mais difícil. O Ministério da Saúde está propondo ações para melhorar este cenário, com a flexibilização da carga horária de trabalho dos médicos nas ESFs, dentre outras. Objetivo: analisar as formas de admissão e tempo de serviços dos trabalhadores graduados na atenção básica em municípios com menos de 3 mil habitantes na 15ª região do Rio Grande do Sul. Metodologia: pesquisa quantitativa descritiva das formas de contratação e tempo de trabalho de profissionais graduados em municípios com menos de 3 mil habitantes na 15ª região de saúde do RS. Para coleta dos dados foi utilizado de questionário estruturado. Análise, utilizou-se de estatística descritiva simples. Resultados: Integram este estudo nove municípios. Todos contam com equipe mínima de saúde da família: nove com profissionais de enfermagem, medicina e odontologia; sete com fisioterapeutas; seis, psicólogos e nutricionistas; dois com fonoaudiólogo; um assistente social e educador físico. Das formas de contratação, predomina concurso público (50,6%), seguido de seleção externa (19,7%), outras formas, por contratos informais e funcionários cedidos (13,5%), seleção interna (8,6%) e por indicação (7,4%). Quanto ao tempo de trabalho na AB, destaca-se a categoria médica, com média de oito anos, seguidos da odontologia e psicologia com sete, enfermagem com seis e há menos tempo, os profissionais de nutrição, com média de oito meses. Conclusão: a atenção básica nestes municípios possui equipe mínima com variâncias em suas composições, pouco mais da metade contratados por concurso público e o tempo de trabalho varia de oito meses a oito anos. Os médicos tem mais tempo de trabalho em relação aos demais. Indicar que já estão estabelecidos na região. Há uma fixidez. O menor tempo é de nutricionistas, o que se deve a entrada recente deste profissional na atenção básica da região. Estas características podem gerar instabilidade na equipe, diferenças salariais, fragilização de vínculos e não contribuir para o fortalecimento da atenção básica.