Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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GRAU DE CONHECIMENTO DOS PACIENTES SOBRE COMO USAR MEDICAMENTOS APÓS CONSULTA MÉDICA E ATENDIMENTO NAS FARMÁCIAS DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE CASCAVEL – PR
Luana Tremea, Vanessa Cristine Beck, Karina Faquini, Laura Cristina da Silva Ahmann, Bruna Aline Queiros Bagatim, Debora Sgorla, Claudia Ross, Ligiane de Lourdes da Silva, Poliana Vieira da Silva Menolli

Resumo


Introdução: Em média 50% dos pacientes não usam os medicamentos prescritos corretamente, muitos fatores influenciam a não adesão ao tratamento, porém nenhum é tão determinante do não cumprimento das instruções sobre o tratamento quanto à falta de informação. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi indicar o grau de conhecimento do paciente com respeito ao nome, dose e duração do tratamento prescrito em consulta médica de atenção Básica do Sistema único de Saúde (SUS). Material e Método: Este trabalho é parte de um projeto maior chamado “AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÂO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL- PR.” Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste. Foram feitas entrevistas com os pacientes de clínicos gerais e pediatras de 10 Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Cascavel seguindo a metodologia “Indicadores Selecionados do Uso de Medicamentos” da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao paciente foi perguntado se sabia o nome do medicamento prescrito, que dose deveria usar, por quantas vezes ao dia e quanto tempo duraria o tratamento e as repostas classificadas em: bom (3 respostas corretas), regular (duas respostas corretas) e péssimo (1 ou nenhuma resposta correta). Resultados: Foram entrevistados 299 pacientes sendo que destes 49,83% mostraram saber todas as respostas, 34,78% não souberam responder uma das questões e 15,38% obtiveram avalição de péssimo, destes 3,34% não souberam responder nenhuma das perguntas. Se considerarmos que com conhecimento dessas três respostas o medicamento é usado corretamente, mais de 50% dos entrevistados podem usar de maneira irracional a terapia medicamentosa prescrita. Se um paciente relata não possuir as informações mínimas é porque, ou ele não as recebeu ou não entendeu as informações que lhe foram passadas. A não aderência ao tratamento é determinada não somente por características inerentes ao paciente, mas também por forte influência do sistema de saúde; no Brasil essa não adesão pode estar associada à qualidade dos serviços de prescrição e dispensação prestada.