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GRAU DE CONHECIMENTO DOS PACIENTES SOBRE COMO USAR MEDICAMENTOS APÓS CONSULTA MÉDICA E ATENDIMENTO NAS FARMÁCIAS DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE CASCAVEL – PR
Resumo
Introdução: Em média 50% dos pacientes não usam os medicamentos prescritos corretamente, muitos fatores influenciam a não adesão ao tratamento, porém nenhum é tão determinante do não cumprimento das instruções sobre o tratamento quanto à falta de informação. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi indicar o grau de conhecimento do paciente com respeito ao nome, dose e duração do tratamento prescrito em consulta médica de atenção Básica do Sistema único de Saúde (SUS). Material e Método: Este trabalho é parte de um projeto maior chamado “AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÂO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL- PR.” Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste. Foram feitas entrevistas com os pacientes de clínicos gerais e pediatras de 10 Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Cascavel seguindo a metodologia “Indicadores Selecionados do Uso de Medicamentos” da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao paciente foi perguntado se sabia o nome do medicamento prescrito, que dose deveria usar, por quantas vezes ao dia e quanto tempo duraria o tratamento e as repostas classificadas em: bom (3 respostas corretas), regular (duas respostas corretas) e péssimo (1 ou nenhuma resposta correta). Resultados: Foram entrevistados 299 pacientes sendo que destes 49,83% mostraram saber todas as respostas, 34,78% não souberam responder uma das questões e 15,38% obtiveram avalição de péssimo, destes 3,34% não souberam responder nenhuma das perguntas. Se considerarmos que com conhecimento dessas três respostas o medicamento é usado corretamente, mais de 50% dos entrevistados podem usar de maneira irracional a terapia medicamentosa prescrita. Se um paciente relata não possuir as informações mínimas é porque, ou ele não as recebeu ou não entendeu as informações que lhe foram passadas. A não aderência ao tratamento é determinada não somente por características inerentes ao paciente, mas também por forte influência do sistema de saúde; no Brasil essa não adesão pode estar associada à qualidade dos serviços de prescrição e dispensação prestada.