Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Grupo interdisciplinar para o cadastro e acompanhamento de pacientes hipertensos e diabéticos
Andressa Teoli Nunciaroni, Gabriela Menegatti, Thiago Lavras Trape, Claudiney Lopes de Souza, Ana Lúcia Holzhausen Bruzzi Bezerra Paraguay, Rosinez Francisca Antoniassi, Ana Maria Henrique Castro, Mario Hermenegildo Moraes, Ivana Oliveira Preto Baccari

Resumo


CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são duas doenças de alta prevalência na população adulta brasileira. A atenção primária à saúde atua como gestora do cuidado, sendo o nível de atenção que coordena as referências aos demais níveis de complexidade, devendo, portanto, garantir o acompanhamento do paciente de forma contínua e organizada. A parceria entre as unidades assistenciais e as universidades é imprescindível para garantir a qualificação constante do cuidado à saúde e capacitação dos profissionais envolvidos. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Foi criado um grupo para atender pacientes hipertensos e diabéticos com uma das equipes de um Centro de Saúde da cidade de Campinas/SP em parceria com alunos do 1º ano de Medicina e de Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e seus professores. Inicialmente os alunos foram capacitados para aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar, avaliação do pé, orientação sobre mudanças no estilo de vida e classificação de risco cardiovascular segundo os critérios de Framingham. O grupo foi dividido em cinco estações práticas: estação A (peso, altura, circunferência abdominal, índice de massa corporal); estação B (pressão arterial, glicemia); estação C (avaliação dos pés para pacientes diabéticos); estação D (classificação de risco, avaliação de exames, encaminhamentos); estação E (mudanças de estilo de vida). EFEITOS ALCANÇADOS E RECOMENDAÇÕES Foram atendidos 85 pacientes neste grupo e classificados como alto, médio e baixo risco cardiovascular, sendo 50, 17 e 12 pacientes, respectivamente. Não foi possível classificar o risco de seis pacientes. Os pontos positivos relatados pelos alunos e trabalhadores foram o contato próximo com os pacientes, a realização de anotações em prontuário, a interdisciplinaridade, o vínculo, a qualificação da escuta. Alguns pontos a serem melhorados foram a discussão do papel dos outros profissionais da atenção primária, o acompanhamento integral do paciente pelos alunos nas estações e a criação de oficinas para realização de ambientes para educação em saúde. Através da classificação de risco pôde-se elaborar estratégias de organização do Hiperdia (grupo educativo continuo para pacientes hipertensos e diabéticos), de forma a priorizar o atendimento dos pacientes mais graves, garantindo o acompanhamento longitudinal e o controle das complicações que essas doenças podem gerar.