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Introdução: O cuidado humanizado e a valorização do usuário tem sido um assunto constantemente abordado no campo da saúde, pois envolvem aspectos sociais, culturais e emocionais. A aplicação efetiva da Política Nacional de Humanização (PNH), em seus eixos norteadores de acolhimento, autonomia, protagonismo e corresponsabilidade, depende dos atores envolvidos no contexto hospitalar. Em ambientes de alta complexidade, como a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a manutenção e recuperação da saúde dependem, também, da utilização de tecnologias avançadas. Portanto, faz-se necessário entender as percepções dos pais, com filhos internados em UTIN, referente as suas emoções, o atendimento humanizado e acolhimento no hospital. Metodologia: Foi aplicado um questionário aberto com 21 perguntas referentes a aspectos socioculturais e afetivos, em 10 cuidadores com filhos internados em UTIN e Unidade Intermediária (UI) de um Hospital Universitário em Campo Grande/MS. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. A análise das respostas baseou-se no Discurso do Sujeito Coletivo, de Lafrève. Resultados: Entre os avaliados 8 eram mães e 2 pais, com idade média de 29,7 anos. Os entrevistados relataram que ter um filho internado é “triste, complicado” e também um momento de “medo por não saber se a criança ficará bem”. Sobre cuidado humanizado, declararam não saber do que se tratava, mas acreditavam ser um “atendimento bom, com carinho, atenção e orientando as mães sobre os cuidados com os filhos”. Disseram sentir-se acolhidos pelos profissionais e receber um bom tratamento. Quando questionados sobre a maior dificuldade encontrada relataram que, além de ter o filho internado, “é conciliar os cuidados com os demais filhos e precisar ir atrás de informações no período de resguardo”. Discussão/Conclusão: Baseado nos discursos, percebe-se que apesar dos pais desconhecerem o significado de cuidado humanizado, os pais sentem-se bem cuidados no ambiente da UTI Neonatal, porém há melhoras e a serem feitas. Compreender o contexto onde este pai está inserido é fundamental para que o cuidado e acolhimento propiciem um conforto diante de uma situação difícil, como é a internação de um filho recém nascido.