Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Impacto da desnutrição em pacientes hospitalizados com insuficiência renal crônica.Neíse, Leite(SMDCS,HMSA, RJ);Cesar Roberto Marconi da Costa(Prof UGF/RJ) Camila de Lima
Neíse Gonçalves de Magalhães Leite

Resumo


Impacto da desnutrição em pacientes hospitalizados com insuficiência renal crônica.Neíse, Leite(SMDCS,HMSA, RJ);Cesar Roberto Marconi da Costa(Prof UGF/RJ) Camila de Lima Singai(graduandaNutrição).Introdução-A prevalência da doença renal crônica está aumentando mundialmente. As causas da desnutrição na insuficiência renal crônica na fase pré dialítica são: redução da ingestão de nutrientes por anorexia devido à insuficiência renal, depressão ou enfermidades associadas como diabetes mellitus, insuficiência cardíaca e outras enfermidades agudas intercorrentes, alterações do milieu hormonal, acúmulo de toxinas urêmicas e perda da atividade metabólica do rim( Riella, M C & Martins, C,2001).Material e Métodos Avaliar a ingestão alimentar por um dia dos pacientes com IRC hospitalizados em um hospital público(RJ)e respectiva investigação do seu estado nutricional, através de relatos dos mesmos, apontando para um desenho de uma legumeira servida no hospital, e posterior transformação deste relato das quantidades consumidas, em percentuais, para cálculo da ingestão calórica. Avaliar os pacientes com desnutrição através do MNA(MINI Nutritional Assessment Research and Practice in the Elderly,1999)(Nestlé ,2004)e conhecer o estado nutricional segundo o IMC(Índice de massa corporal).Exclusão de pacientes submetidos à dietas enterais,parenterais,dietas zero e líquidas,escolher pacientes deambulando. Avaliar os mesmos pacientes através do IMC(Ìndice de Massa corporal).Resultados e Conclusão–Os sujeitos do estudo foram em número de 13 e o estudo realizou-se entre agosto a novembro de 2006. Cinco sujeitos faziam tratamento de hemodiálise e eram hipertensos (38.5%), 1 possuía diabetes e fazia hemodiálise (7.7%),outro era hipertenso e diabético e fazia também hemodiálise(7.7%), quatro faziam tratamento conservador e tinham hipertensaõ (30.7%) e dois faziam tratamento conservador , sendo um diabético e outro com ambas doenças crônicas, diabetes e hipertensão (7.7% e 7.7% respectivamente). Quanto ao gênero, seis eram do sexo masculino (46.2%) e sete do sexo feminino (53,8%). Dois se encontravam na faixa etária de 20 a 40 anos,(7.7%) , dois entre 40 a 50 anos (15.4%), cinco na faixa etária de 50 a 60 anos (38,5%) e dois nas faixas de 60 a 70 e dois entre 70 e 80 anos (15.4%respectivamente). Segundo o relato do MNA a perda de peso em mais de 3 kg aconteceu em 8 pessoas (61,5%), um relatou perda de peso de 1 a 3 kg (7.7%), em um sujeito do estudo, não houve perda de peso e três não souberam informar. Todos relataram que tiveram diminuição da ingesta alimentar. Com relação ao percentual de caloria ingerida do dia, segundo o cardápio e relato dos pacientes apontando para a legumeira, vale notar que seis ingeriram de 50 a 60% da comida fornecida e três ingeriram aproximadamente 90 a 100% e justamente estes, estavam em tratamento hemodialítico, conferindo que indivíduos em diálise ingerem mais devido à perda catabólica ocasionada pelo tratamento. Cabe ressaltar que nove destes pacientes relataram que entraram em depressão e quatro não sentiram sintomas de depressão. Segundo o relato da mini avaliação subjetiva, seis se encontravam com IMC menor que 19, ou seja, desnutrição, dois com IMC maior de 19 e menor que 21 denotando risco de desnutrição, e um com IMC maior de 21 e menor de 23 , e 4 com IMC maiores de 23 ou seja, eutróficos. A amostra sugere uma correlação linear inversa e apreciável segundo a tabela de Rugg, isto é o.30<r<0.49, em outras palavras, há uma correlação negativa entre o consumo de calorias e o IMC, sugerindo que a ingestão nutricional é deficiente e a desnutrição nestes pacientes está em depleção devido à doença de base. Este trabalho foi apresentado na Jornada de 100 anos do Hospital Municipal Souza Aguiar em 2007.