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CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: Com base no Sistema ùnico de Saúde este deve se responsabilizar pela formação de recursos humanos para atuar na saúde.Entretanto o que se verifica na atualidade é que o SUS avançou bastante quanto ao estabelecimento de princípios como a universalidade, integralidade, equidade e a inserção da participação dos sujeitos na construção da cidadania, mas quanto a formação de recursos humanos, existe um descompasso entre a academia e a prática efetiva do SUS.Enquanto o SUS estabelece que o atendimento deve ser centrado no sujeito, este inserido na sua comunidade, a academia ainda apresenta com forte centralidade o modelo biomédico, com centralidade na doença.Segundo o SUS as práticas em saúde devem ser interdisciplinares, assim os diversos saberes devem se somar na perspectiva de construção coletiva da saúde no sentido biopsicossocicultural, mas a formação acadêmica permanece com práticas endógenas nas mais diversas profissões.DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: visando enfrentar as limitações acima expostas, um grupo de interessados na discussão do ensino na saúde se reúne semanalmente na intenção de construir um debate interdisciplinar sobre os diferentes modos de ser e fazer o ensino na saúde.Os integrantes deste grupo de ensino são de áreas diversas como a medicina, psicologia, farmácia, odontologia, assistência social, ciências sociais.EFEITOS ALCANÇADOS: A efetivação do grupo de estudo além de suscitar inquietações sobre o ser profissional e ser sujeito reflexivo na discussão sobre a saúde,também promove a interlocução de professores, alunos de graduação e pós-graduação.RECOMENDAÇÕES: a experiência de debate do grupo suscitou a ausência de espaços instituídos na universidade em que o conhecimento seja interdisciplinar como acontece no grupo, ao contrário a universidade mantém da estrutura rígida das disciplinas e campos do saber isolados.Recomenda-se a produção de conhecimento interdisciplinar na formação do ensino na saúde, com o diálogo entre as diversas áreas do saber.