Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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INSERÇÃO DO SANITARISTA NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE RECIFE– PE.
Sayonara Arruda Vieira Lima, Mônica Sousa Gomes da Silva

Resumo


Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) são constituídos por equipes multiprofissionais que trabalham no apoio matricial à estratégia de saúde da família (ESF). Nos Núcleos, os profissionais desenvolvem atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças, bem como realizam orientações em grupo e ações de educação em saúde para a população e no território. Para a definição dos profissionais que compõem os NASFs, as secretarias de saúde utilizam critérios como as especificidades e prioridades em saúde das comunidades, assim como existe a orientação quanto à composição na antiga portaria 154 do NASF e na política da atenção básica (AB) de 2011, com novos profissionais. Em 2011, o Ministério da Saúde incluiu novas especialidades, como o sanitarista. Neste contexto, a Secretaria Municipal de Saúde do Recife, de acordo com o modelo de atenção e gestão adotado desde 2009, inseriu em 2011, o sanitarista no NASF. A necessidade de articular e integrar vigilância à saúde e a AB de modo a trabalharem com mais integralidade e ampliando o campo da saúde coletiva fez com que este profissional seja fundamental neste processo. O sanitarista trabalha com eixos de ações de vigilância aos faltosos, vigilância de exames alterados e projetos específicos dos territórios. Têm por eixos temáticos DST/AIDS, hanseníase, tuberculose, câncer de colo, mama e útero, diabetes e hipertensão, pré-natal, imunização, notificação de violência, vigilância a crianças e gestantes de risco. Os profissionais foram selecionados previamente pela gerência de atenção básica – GAB, e houve capacitação por duas semanas onde foram estudadas as diretrizes do modelo de atenção Recife em Defesa da Vida e o papel do sanitarista nos NASF. Houve a inserção de um profissional em cada equipe, em todos os distritos sanitários. A integração aconteceu a partir da atuação nas atividades já existentes na equipe e fazendo o reconhecimento do território e das ESF. O trabalho do sanitarista têm apoiado as ESF através do monitoramento e discussões de indicadores, de casos clínicos, participação no acolhimento, construção de projetos terapêuticos singulares (PTS), busca ativa dos faltosos, integração com outros equipamentos de saúde da rede, atividades em grupos e salas de espera, atividades de educação permanente em saúde, ações de hanseníase e tuberculose. É importante a realização de pesquisas para a avaliação do trabalho deste profissional, possibilitando o aprimoramento de suas atividades.