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O processo de formação profissional no Brasil passa por mudanças enquanto, na área da saúde, vivenciamos um modelo de atenção centrado na doença e individualizado. Com a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF), emerge a necessidade de profissionais com um perfil diferenciado. Em 2011, a Escola de Saúde Pública de Santa Catarina, as Gerências de Saúde de Chapecó e Xanxerê e as Secretarias Municipais de Saúde dos 46 municípios que compõem as Macrorregiões Extremo Oeste de SC, ofereceram o Curso Introdutório para Equipes de Saúde da Família aos profissionais das equipes da Atenção Básica (AB), a fim de capacitar os profissionais, de acordo com a Portaria MS 648/06, que regulamenta a AB. O estudo objetivou avaliar as contribuições do Curso Introdutório para o processo de trabalho e para a qualidade da AB. Para tanto, buscou-se reconhecer o entendimento dos participantes quanto as diretrizes do SUS e processo de trabalho das equipes e identificar a contribuição do processo de Educação Permanente em Saúde (EPS) para as atividades práticas junto a AB. Foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem quanti-qualitativa, cujo público alvo foram os profissionais que atuam na AB da região, selecionados a partir das inscrições no Curso. Para coleta dos dados foi realizada aplicação de questionário antes e após as atividades, mediante esclarecimento sobre os objetivos do estudo. Participaram da pesquisa, aproximadamente, 700 profissionais. Os dados estão sendo tabulados em planilhas de Microsoft ExcelR 2000 e Análise do Conteúdo, proposta por Minayo (2010). A análise parcial dos dados aponta que o Curso ampliou o conhecimento dos participantes quanto ao SUS, seus princípios e diretrizes e em relação as suas atribuições na ESF. O entendimento sobre EPS ainda é incipiente, assim como o reconhecimento dos Sistemas de Informação em Saúde e sua utilização no planejamento das atividades diárias. A maioria dos profissionais está atuando a menos de 6 meses na AB e não participa do Conselho Municipal da Saúde, mas reconhece participantes. A periodicidade das reuniões de equipe foi citada pela maior parte dos profissionais das equipes como semanal. Além de favorecer o processo de trabalho, o que repercute na qualidade do serviço, os dados apontam que o curso contribuiu para o fortalecimento Política de EPS na macrorregião. Alguns desafios dizem respeito ao efetivo planejamento das equipes, a partir de dados epidemiológicos e reconhecimento do território.