Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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INTEGRALIDADE NO CUIDADO À SAÚDE: A ÓTICA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Margarete Maria de Lima, Kenya Schmidt Reibnitz

Resumo


INTRODUÇAO: As políticas públicas de saúde e educação tem propiciado mudanças no formação da formação em saúde. No entanto, as escolas de enfermagem ainda apresentam um ensino fragmentado entre teoria e prática, atenção básica e hospitalar, com práticas reducionistas, centradas na doença e a aplicação da integralidade em conteúdos específicos. A concretização efetiva do SUS, em particular o princípio da integralidade ocorrerá na medida em que repensarmos e aplicarmos este princípio durante o processo de formação. OBJETIVO: conhecer as concepções dos estudantes de graduação em enfermagem sobre a integralidade do cuidado. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, exploratória- descritiva, realizada com estudantes do ultimo ano de graduação em enfermagem de uma Universidade Federal do Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas individuais semi-estruturadas. A analise está ancorada na proposta operativa descrita por Minayo. RESULTADOS: os resultados apontam que os acadêmicos entendem a integralidade como um princípio do SUS que visa assistir o ser humano em sua totalidade, em seu contexto de vida, recusando o reducionismo do sujeito à sua doença. Apresentam também que durante o cuidado a estes sujeitos faz-se necessário considerar aspectos sociais, familiares, ambientais e sociais. Percebem em suas vivencias acadêmicas que a integralidade não é aplicada nas práticas dos profissionais de saúde, refletindo sobre sua futura atuação enquanto enfermeiros. Na visão dos acadêmicos na atenção básica o princípio da integralidade é aplicado com mais visibilidade, o que não ocorre na atenção hospitalar, cujo foco de cuidado é a doença. Utilizam o diálogo como ferramenta para aplicação do princípio da integralidade, buscando uma aproximação com a realidade dos sujeitos para cuidar na perspectiva da integralidade. CONCLUSÃO: os acadêmicos apontam a intencionalidade da aplicação do princípio da integralidade no cuidado à saúde durante as atividades desenvolvidas no curso de graduação. No entanto, reconhecem algumas fragilidades na formação para a aplicação deste princípio do SUS. A aplicação da integralidade requer práticas dialógicas, que possibilitem a sensibilização de todos os sujeitos envolvidos no processo de formação do enfermeiro. Palavras-chave: assistência Integral a saúde, enfermagem, ensino superior.