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Muitos caminhos conduzem os jovens à violência, e poucas saídas os levam à superação. Nessas trilhas perigosas, eles cruzam com o tráfico de drogas, esbarram na insegurança, tropeçam em suas pernas e, muitas vezes, chegam ao extremo: a morte. Mas há luzes no fim do túnel. Luzes estas como a família, os amigos e/ou os projetos de apoios que indicam as portas para um futuro com mais perspectivas. Essa realidade é comprovada através das histórias de vida de 30 (trinta) jovens, egressos do tráfico de drogas em favelas da cidade do Rio de Janeiro; Metodologia: O estudo teve por base o método qualitativo que utilizou a história de vida tópica, permitindo captar e refletir as situações vividas por estes jovens egressos. Resultados: Os dados revelaram que os jovens, ao entrarem para o tráfico, apresentam uma expectativa de encantamento, poder e dinheiro. Com o tempo, essa perspectiva vai desaparecendo devido às situações de traição, punição e falta de prestígio. O processo de saída ocorre justamente quando o jovem começa a questionar seus ganhos e perdas, nesta trajetória, e procura visualizar outras possibilidades de vida, mais condizentes com as suas aspirações juvenis. Conclusão: o fato de alguns jovens se inserirem no crime organizado, ainda em idade precoce, leva-os a um desgaste físico e emocional, visto que a venda de drogas passou a ser um coadjuvante diante dos constantes episódios de conflitos armados e tráfico de armas. Frente a estas situações estes jovens procuram criar condições possíveis para romperem com o crime organizado. Para isso, procuram articular uma rede social em torno de si para estabelecer novas condutas de vida e trabalho. Palavras-chave: favela, violência, trabalho e jovens egressos do tráfico de drogas.