Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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METILFENIDATO E TDA/H: MEDICAMENTO E GADGET
Tales Renato Ferreira Carvalho, Luiz Carlos Brant

Resumo


O objetivo consistiu em conhecer os principais aspectos do uso não médico do metilfenidato. Em termos metodológicos, procedemos uma pesquisa bibliográfica na busca por uma melhor compreensão interdisciplinar dessa utilização polêmica e multifacetada construindo-se um ensaio teórioco. Constatamos que uso contemporâneo ultrapassa a tríade - doença, saúde e cuidado. Compreende a busca incessante do homem em superar seus limites e viver bem em sociedade, o que torna esse medicamento um fetiche, aproximando o usuário ainda mais de sua fragilidade humana. Percebe-se que, primeiramente, produziu-se o metilfenidato e posteriormente, tentou-se configurar cientificamente o Transtorno do Déficit de Atenção e da Hiperatividade - TDA/H, ou seja, inventou-se primeiro o remédio e depois a doença. Concluímos: O metilfenidato é mais um gadget da contemporaneidade. Um objeto de consumo curto e rápido, parceiro conectável e desconectável ao alcance das mãos, tornando-se um dispositivo de prazeres efêmeros, fabricado e comercializado como medicamento. Que merece maiores abordagens no campo da dogadição, para o estabelecimento de políticas de atenção primária à saúde na resolução do problema identificado. Palavras – chave: Metilfenidato; TDA/H; medicamento; gadget; anfetamina.