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Caracterização do problema A supervisão clínico-institucional é um importante recurso para a formação dos trabalhadores dos serviços de Saúde Mental. Contudo, por um lado, ela não ocorre ainda em muitos municípios e regiões do país; por outro, ali onde ocorre, os supervisores nem sempre estão capacitados para conduzi-la adequadamente. Visando sanar tal problema, o Ministério da Saúde lançou edital disponibilizando financiamento para Escolas de Supervisores. A ESP-MG foi uma das 16 instituições contempladas por este edital. O seu projeto visa superar a frequente dissociação que prioriza ora os aspectos clínicos, ora os aspectos políticos no trabalho das redes de Saúde Mental, sustentando sua indissociabilidade.Descrição da experiência A ESP-MG realizará encontros mensais, priorizando questões frequentes no trabalho das redes, dentre as quais: a atenção à crise; as demandas e encaminhamentos mais frequentes à Saúde Mental; as violações de direitos dos usuários; o território e a atenção em rede, etc. A cada vez, um caso ou situação clínico-institucional ligados ao tema tratado será problematizado através de uma supervisão. Por exemplo, a supervisão de uma situação de crise será seguida pela abordagem dos aspectos clínicos (a psicopatologia da crise) e institucionais ( a abertura das redes para o seu atendimento), articulando a dimensão da política e a dimensão do cuidado. A seleção dos alunos e dos docentes priorizará profissionais com experiência nas redes de Saúde Mental. Resultados alcançados A ESP-MG realizou um debate interno, delineando as linhas gerais do projeto apresentado ao Ministério da Saúde, e, a seguir, dando corpo ao mesmo, ao elaborar sua programação. Tal debate se ampliou com nossa participação no I Encontro Nacional das Escolas de Supervisores Clínico-Institucionais, em 2011, em Porto Alegre. Iniciando já a seleção de docentes e alunos, prevemos o início das atividades para abril de 2012. Recomendações O documento produzido pelo Encontro citado acima destaca alguns pontos norteadores para as Escolas. Dentre eles: “..transmitir a indissociabilidade entre uma concepção de cuidados fundada na escuta, no acolhimento , no vínculo, no protagonismo do sujeito, e uma política que assegure a oferta de tais cuidados, segundo os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica”. A Escola da ESP-MG, cujo projeto se orienta neste sentido, visa o diálogo constante com outras Escolas, para enriquecer e ampliar tal concepção.