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O local de trabalho como tempo e espaço da educação permanente para a docência no ensino superior: A experiência do Projeto Metodologias Ativas da Unochapecó Rodrigues, Lilian Beatriz Schwinn Kleba da Silva, Maria Lizabeth O cenário da formação superior em Saúde no Brasil vem exigindo uma atuação docente comprometida com o atendimento às demandas concretas da população brasileira. Isso requer que as intencionalidades políticas e pedagógicas dos cursos de formação priorizem ações multiprofissionais, a partir de uma abordagem integral do processo saúde-doença e uma política institucional comprometida com a educação permanente dos docentes. Nesse sentido, a Área de Ciências da Saúde (ACS) da Unochapecó, SC, vem implementando diferentes ações. Uma delas é o Projeto Metodologias Ativas, que visa promover tempos e espaços de educação permanente (EP) para docentes e profissionais da Saúde da região. O Projeto ocorre com regularidade desde 2005 em forma de cursos não formais, oficinas, seminários e eventos, com recursos provenientes da ACS, Cursos e Pró-Saúde. Os temas contemplados são: gestão, processos didático-pedagógicos para docência e tutorias, processos de produção da Saúde, a formação em Saúde e o SUS, entre outros. Participam das atividades gestores e profissionais da Saúde da região, docentes, técnicos e discentes da Unochapecó. A metodologia dialética permeia as ações, tendo a realidade como ponto de partida e chegada. A experiência tem evidenciado, entre outros, a necessidade de tal espaço e tempo para a problematização das demandas decorrentes da ação docente ou tutorial. Compreender e fazer do local de trabalho espaço e tempo da EP é fundamental para atuar na complexidade e diversidade do mundo da formação e do trabalho. Por isso, além dos conhecimentos técnicos da área de atuação docente, cujos modus operandi é possível de ser codificado e conhecido de antemão, é necessário um olhar atento à leitura da realidade, que requer conhecimentos profissionais que exigem reflexão e tomada de decisão a partir da realidade mesma, para que, além da compreensão do problema, alternativas adequadas à situação possam ser propostas. Logo, a renovação dos fundamentos epistemológicos que permeiam a condição de ser e estar professor e sua co-responsabilidade para com o processo de formação e os processos de produção da saúde é imprescindível, assim como, a percepção de que são interlocutores de uma realidade polissêmica e inacabada. Os desafios do Projeto são: potencializar as parcerias entre Universidade e Serviços; potencializar os processos institucionais de EP; ampliar a participação docente nas atividades; ampliar e qualificar o movimento da profissionalização docente na ACS.