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ResumoCom base nos textos de Foucault, a "loucura" quando pensada diante de todos os seus momentos históricos assume diversas posições. Com o passar do tempo e o auge da medicina, os loucos ficam conhecidos como "doentes mentais" porém, ainda permanecem isolados e afastados do convívio social. Diversas são as correntes que visam libertar esses pacientes e pensar novos modelos de tratamento, onde, Basaglia aparece como um ícone relevante na Desinstitucionalização. A Reforma Psiquiátrica surtirá efeitos mas, será tardia no Brasil. O presente artigo visa demonstrar um pouco desses pacientes na longa trajetória e na pós Reforma Psiquiátrica, quando, diante dos programas implantados, como as residências terapêuticas e os CAPS, são reinseridos no convívio social e, agora, como cidadãos passam a ter acesso aos serviços de saúde, assim como a necessidade de em algum momento retornarem aos hospitais gerais por conta do enfrentamento de uma patologia, na maioria das vezes orgânica. Através deste artigo, com base na análise e pesquisa-ação realizada em um Hospital Federal Universitário (situado no RJ), problematizamos a dificuldade que os profissionais ainda apresentam diante da formação que recebem e, do pouco que se fala sobre o tema, a dificuldade em lidar com esses pacientes, provenientes da rede de saúde mental mas, agora necessitam de outros cuidados. O objetivo é repensar uma nova formação, que inclua além das doenças orgânicas, as doenças mentais. Através da troca de saberes, será possível conhecer como esse tema ganha relevância na área de saúde e, posteriormente, demonstrar os trabalhos realizados por equipes multidisciplinares que fugiram dos limites impostos (pela rede pública ou até mesmo pelo estigma social presente na saúde mental), e com diferentes formas de agir inovaram, tornaram-se referência, e, hoje repassam as experiências de êxito diante das dificuldades ainda presentes.Palavras-chave: saúde, formação, saúde mental, inovação.