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Introdução: O presente trabalho é um registro da experiência da Tenda da Educação Popular em Saúde “Damião Alexandrino” durante o Congresso Acadêmico em 2011 A Tenda homenageou o Sr. Damião, uma liderança do Movimento Popular de Saúde-MOPS em Alagoas e que, através de projetos de extensão, atuava com seus saberes e práticas da fitoterapia na UFAL. Durante uma semana, foram abordados vários temas relacionados à educação popular, saúde e cultura popular, por meio de rodas de conversas e vivências facilitadas por trabalhadores de saúde, docentes, estudantes, artistas, cuidadores e lideranças populares. Objetivos: A Tenda pretende contribuir com a construção e implementação da política nacional de Educação Popular em Saúde, no Estado de Alagoas e fortalecimento da participação popular e controle social no SUS e aprofundar as bases teóricas sobre Educação Popular em Saúde. Metodologia: As atividades foram constituídas principalmente por rodas de conversa, apresentações culturais e intervenções cenopoéticas. Dentre as questões discutidas, podemos citar a Fitorerapia Popular, Reiki, Promoção da Saúde, experiência da extensão popular, MOPS, ANEPS, Multiculturalidade Alagoana, e o Papel da Extensão na formação universitária. Resultados: Vivenciamos rodas de conversa sobre o Controle Social em Saúde e Educação Popular em Saúde, nas quais depois de dialogarmos sobre o conceito e princípios da EPS, foi possível conhecer a experiência de educação popular além dos muros da Universidade por meio da intervenção artística de grupo de ciganos e cordelista. É intencional destacar que as experiências apresentadas mostraram a importância dessa outra forma de educar, voltada aos ensinamentos populares, artísticos e culturais; Através da participação na Tenda podemos perceber a relevância da mobilização e organização popular e entender a Educação Popular inserida na Política de Saúde. Conclusão: As experiências vivenciadas tornaram visível que existem inúmeros gritos na sociedade, porém estes não são escutados, nem discutidos. É necessário o diálogo com as comunidades para saber o que as oprime e a Universidade tem a responsabilidade de abrir suas portas estreitando e se aproximando de quem de fato dela precisa. A Tenda apresenta-se como processo coletivo de produção e socialização do conhecimento por sujeitos sociais comprometidos a partir de uma leitura crítica sobre a realidade a fim de transformá-la na busca de uma sociedade mais justa. É um espaço contra-hegemônico extremamente necessário para representar a comunidade e atendê-la no âmbito das práticas populares, e da efetivação do controle social.