Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Pedagogia por projeto nas Residências de Medicina de Família e Comunidade e Residência Integrada em Saúde ênfase em Saúde da Família/GHC, Porto Alegre/RS.
Renata Pekelman, Ana Celina Souza, Edelves Vieira Rodrigues, Victor N. Fontanive

Resumo


Caracterização do problema: O Currículo Integrado (CI) é uma atividade teórica de campo da Atenção Primária em Saúde (APS), realizado com residentes de Medicina de Família e Comunidade e da Residência Integrada em Saúde – ênfase em Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre/RS - Brasil, com 10 anos de atividade, sendo 07 integrando as duas residências; tem como objetivo o desenvolvimento das competências profissionais para atuação na atenção básica, em especial, na Estratégia de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (ESF/NASF). No 2º. ano de residência desenvolve-se um projeto, baseado na metodologia da pedagogia por projetos, de implantação da ESF/NASF em municípios de pequeno e/ou médio porte no entorno de Porto Alegre. Descrição da experiência: O grupo de residentes que já participou do CI no 1º. ano, com enfoque de construção conceitual e de processo de trabalho em APS, passa a construir esse projeto em um semestre, em encontros semanais. A turma é dividida em pequenos grupos multiprofissionais para a escolha de um município que tenha no máximo 30% de cobertura de ESF e até 120.000 hab., localizado num raio de 150 km de distância, possibilitando a realização de uma visita. A elaboração coletiva do projeto implica em discussão com gestores municipais, em busca de informações em saúde e de sua interpretação, em reflexão sobre a realidade municipal e os modelos ideais estudados e propostos para a organização do SUS, processo que consolida e reúne os aprendizados desenvolvidos na residência, busca-se um exercício de síntese. Efeitos alcançados: A boa receptividade e avaliação positiva da proposta feita pelos residentes ressaltam a oportunidade de um contato com a realidade municipal e com a ESF/NASF; permite perceberem as dificuldades de mudanças do modelo de atenção à saúde, a real possibilidade de fazê-lo quando se empregam nos municípios dos projetos, ao saírem da residência; o exercício do trabalho em equipe e da construção de saberes interdisciplinares, tendo que construir projeto comum, consensos através do diálogo, da escuta, no exercício de problematizar, debater a prática sendo espaço para reflexão, protagonismo e construção de conhecimento. Recomendações: Projetos que desafiam, que exigem uma participação ativa do residente, que necessita da constituição de grupo no final da residência, impulsionam para desafios que serão encontrados no mundo do trabalho, na construção efetiva e cotidiana do SUS.