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A proposta do trabalho foi verificar a retenção do material restaurador pela técnica do TRA após um período de seis meses. Esta técnica surgiu para uma significativa parcela da população que não consegue acesso a cuidados clínicos e preventivos essenciais de maneira regular, indicada inicialmente para populações de regiões extremamente carentes onde a única alternativa de tratamento de dentes cariados era a extração. Foram realizas 40 restaurações com cimento de ionômero em 20 crianças de uma escola pública do município do Rio de Janeiro, situada em uma comunidade do bairro da Tijuca. Tanto os exames bucais como o tratamento restaurador foram realizados nas cadeiras e mesas escolares das próprias salas de aula. Os escores 0, 1 e 2 foram considerados como aceitáveis, com 28 restaurações nesta categoria. Os escores 3 e 4 foram considerados como inaceitáveis perfazendo um total de 12 restaurações deficientes. As restaurações demonstraram aceitabilidade em 70%, mais que o dobro das restaurações não aceitáveis, que atingiram 30%. Os resultados mostraram que a técnica representa uma abordagem viável e perfeitamente exeqüível como tratamento restaurador de lesões de cárie. Por ser de fácil aplicação e de baixo custo, não requer equipamentos sofisticados e infraestrutura complexa, representando assim, o suporte ideal para programas preventivos e de educação em saúde, além da sua abrangência, mesmo em áreas de difícil acesso. Ao dispensar o uso de anestesia, isolamento absoluto e instrumentos rotatórios convencionais, as restaurações atraumáticas podem ser consideradas uma modalidade simplificada de atendimento reduzindo a progressão da cárie dentária.