Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E ALIMENTAÇÃO ENTRE OS ATORES SOCIAIS DE UMA ESCOLA: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA A CONSTRUÇÃO EFETIVA DA SAÚDE
Fernanda Roberta Daniel da Silva Portronieri, Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca

Resumo


A escola é o local onde o estudante passa grande parte do dia, e, desde a década de 1980 tem se discutido a escola como Promotora de Saúde. A alimentação como assunto pertencente ao tema transversal saúde entra em discussão como forma de promover a alimentação saudável. Mas como tem se dado a promoção e a educação da saúde na escola em relação à alimentação e às discussões sobre corporalidade? Esse trabalho faz parte de uma dissertação de mestrado que buscou discutir a construção social da imagem corporal e a influência que a mesma tem nas escolhas alimentares e na saúde do indivíduo. Para tanto, é abordada a complexidade da alimentação e a construção social da imagem corporal com base em autores da antropologia e da sociologia, bem como seu impacto para a saúde. A pesquisa se deu com alunos de ensino fundamental de uma escola da rede pública do município do Rio de Janeiro. Trata-se de uma etnografia escolar realizada durante 9 meses, po 20 horas semanais. Os resultados apontaram para a grande influencia dos professores e demais atores sociais da escola na vida dos alunos e nas suas escolhas relativas à alimentação e às práticas de saúde. A visão que os professores têm passado para os seus alunos reflete a ditadura da magreza imposta pela sociedade. A forma dicotômica tanto no que diz respeito à alimentação saudável, bem como para os processos de saúde e doença, acompanhados de discursos fatalistas e que culpabilizam os sujeitos também puderam ser constatada nesse estudo e serão aqui discutidos. O trabalho traz a importante discussão da escola como um local privilegiado para a promoção da saúde e apontamentos para melhor utilização desse espaço de forma que haja a construção efetiva da saúde na vida dos indivíduos.