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A automedicação é uma das causas de interações medicamentosas e intoxicações, sendo estimulada pela má prescrição médica. A automedicação é uma forma comum de auto-atenção à saúde, consistindo no consumo de um produto com o objetivo de tratar ou aliviar sintomas ou doenças percebidos, ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição profissional. Para tal, podem ser utilizados medicamentos industrializados ou remédios caseiros. O objetivo desta pesquisa foi elaborar um perfil de consumo de medicamentos pela população, além de oportunizar o contato direto dos alunos do curso de farmácia, com usuários de medicamentos e com questões referentes à profissão farmacêutica. Alunos do curso de farmácia da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco, 5° período do 1° semestre de 2010, aplicaram um formulário com perguntas referentes aos assuntos automedicação e uso racional de medicamentos na Festa do Trabalhador em 1º de maio de 2010, junto à população de Cornélio Procópio, por meio de amostragem aleatória. Foram avaliados os indicadores sexo, escolaridade, procedência da medicação (setor público/privado), compra medicamentos com ou sem receituário médico, pratica a automedicação, e armazena medicamentos no seu domicílio. 222 pessoas participaram da pesquisa, sendo a maioria do sexo masculino (55%). 79% dos entrevistados mencionaram ter ensino fundamental ou médio. Somente 37% adquirem medicamentos em farmácia comercial, a maioria mencionou adquirir os medicamentos em farmácia do setor público. 42% dos entrevistados mencionaram comprar medicamentos sem receita médica, e somente 36% mencionaram que se automedicam. 54% dos entrevistados mencionaram armazenar medicamentos em domicílio. Os resultados obtidos com esta pesquisa de campo refletem em parte, a realidade que a sociedade vivencia em relação à saúde e aos medicamentos. A coleta de dados realizada pelos alunos junto ao usuário permite um contato precoce dos estudantes com os futuros pacientes. Esta participação discente é extremamente importante, pois, além de estimular e melhorar o aprendizado coloca o discente frente a frente com o usuário do medicamento, auxiliando-o na percepção de problemas e compartilhando ações para resolução de problemas em benefício da sociedade. Também reforça o papel do farmacêutico na sociedade.