Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ÓBITO INFANTIL NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CAUSAS E EFEITOS NA SAÚDE PÚBLICA
Mercedes Neto, Jaldeci Silva, Márcia Bessa, Denise Moraes

Resumo


A redução da mortalidade infantil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade como um todo. Este indicador faz parte das Metas do Desenvolvimento do Milênio, compromisso assumido pelos países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o Brasil é signatário, para o combate à pobreza, à fome, às doenças, ao analfabetismo, à degradação do meio ambiente e à discriminação contra a mulher, visando o alcance de patamares mais dignos de vida para a população, uma vez que a mortalidade infantil reflete as condições de vida da sociedade. Estes determinantes de saúde como foco e parâmetro de ferramentas para a redução deste tipo de óbito, reflete a importância da vigilância na saúde pública. Com base nisto, o presente estudo teve como objeto traçar o quadro de óbito infantil no município do Rio de Janeiro, e para operacionalizá-lo, os objetivos foram: identificar a incidência de óbitos nesta cidade e discutir a relação quantitativa equiparada aos números do Estado e Brasil. É um estudo do tipo revisão bibliográfica, com abordagem exploratória, e delimitação temporal no período de 2007 a 2011. A coleta de dados se deu por meio do DATASUS, na base do SIM. As fontes se detiveram, além destes dados, artigos, livros e manuais do Ministério da Saúde. O conteúdo foi balisado por meio da triangulação das fontes. Partindo desta articulação, conseguiu-se observar que o óbito infantil na cidade do Rio de Janeiro sofre uma declinação de 2007 a 2011, com traço mais significativo, em números de ocorrência, nos neonatais precoce em relação ao neonatais tardio. E isto é reflexo da atenção (in)adequada ao RN nos primeiros dias de vida, com suporte tecnológico e profissionais especializados. No entanto, é relevante ressaltar que a segunda causa seria por adequação na assistência à gestação, o que pôde se inferir nas questões do pré-natal, no processo do acompanhamento desta mulher no período gravídico. Para tanto, constatou-se que, para redução do óbito infantil, se faz necessário investimento nas políticas públicas de saúde, entendendo a importância do binômio mãe-bebê, e na mulher, no aspecto da atenção ao pré-natal de forma qualificada, e acompanhamento por meio do planejamento familiar e parto.