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A educação em saúde junto a sujeitos com diabetes é fundamental no controle da doença. Faria e Bellato (2008) apontam que os serviços de saúde desenvolvem ações eminentemente prescritivas junto a essa clientela, com pouca articulação com seu contexto. Além disso, oferecem poucos espaços de escuta e oportunidades de os sujeitos expressarem sentimentos frente ao convívio com a doença. Diante da necessidade de propor uma estratégia educativa dialógica e participativa, realizamos o presente estudo como parte da pesquisa-tese “educação em saúde facilitada pela música: uma estratégia de cuidado e pesquisa junto a sujeitos com diabetes mellitus” inserida no Núcleo de Pesquisa de Fundamentos do Cuidado de Enfermagem (NUCLEARTE). Nela, a música é utilizada como um recurso que estimula o vínculo e o diálogo entre os sujeitos que vivenciam a doença e destes com a enfermeira-educadora, promovendo o engajamento na experiência educativa, tendo por base os resultados de Bergold e Alvim (2009). Apóia-se nos referenciais teóricos de Freire, Watson e Bruscia. Os objetivos foram: implementar ações educativas em saúde com grupos de sujeitos com diabetes mellitus tipo 2, facilitada pela música; avaliar a efetividade da proposta educativa implementada, à luz dos sujeitos participantes; discutir seus limites e possibilidades como estratégia de cuidado e pesquisa. Pesquisa convergente-assistencial realizada com 12 sujeitos com diabetes tipo 2 cadastrados em unidade de saúde de Vitória-ES. Foram realizadas entrevistas individuais e grupais na produção de dados. Adotou-se a análise de discurso. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo. A estratégia implementada confirmou o potencial da música no estabelecimento do diálogo e vínculo no grupo, facilitando a expressão de emoções e sentimentos de seus participantes. A interação e a empatia foram evidenciadas nas discussões e reflexões em torno da experiência musical e convívio com a doença. A alimentação e a sexualidade foram os temas geradores de debate problematizados no processo educativo-cuidativo grupal evidenciando os desafios dos sujeitos em relação ao cuidado de si. A experiência musical se revelou como inovadora, facilitando a troca de saberes e práticas dos participantes do grupo dos temas codificados e sua discussão, sendo avaliada como importante recurso no processo educativo-cuidativo para potencializar as estratégias de enfrentamento da doença.