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No município do Rio de Janeiro houve grande expansão da Estratégia Saúde da Família com expansão das equipes de Saúde Bucal (SB) para locais considerados vazios sanitários, ocasionando expressiva demanda reprimida. Como garantir o acesso universal e saber quem precisa mais sem excluir os que menos precisam? Este é o relato da experiência da Equipe de SB de Acari, que implementou grupos de educação em saúde e escala de risco familiar como portas de entrada de acesso ao serviço. Esta escala foi introduzida pela Coordenação de SB deste município e considera o contexto do indivíduo como principal fonte de orientação para atendimento de suas necessidades. Do total de 2697 famílias classificadas, 30 (1,2%) foram classificadas em risco alto, 1650 (61,1%) em médio e 1017 (37,7%) baixo. Para diferenciar as famílias quando estas se encontram no mesmo risco social, o risco biológico é levado em consideração. As famílias classificadas com maiores escores apresentam pobres condições de saúde bucal. Atualmente, o atendimento clínico de Acari é dedicado as famílias de maior risco e a demanda espontânea, que se encontra organizada e orientada a procurar os grupos de educação em saúde para serem avaliados e atendidos na unidade de saúde. A ESB inserida no ESF tem como desafio a compreensão dos processos sociais, do território, do funcionamento das famílias e buscar ferramentas apropriadas para abordar suas questões.