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Este trabalho é fruto de ações do projeto de extensão “Educação em saúde em doenças crônicas: desvendando o processo saúde-doença, implantado desde 2008 na Policlinica Piquet Carneiro/UERJ. O projeto utiliza as Representações Sociais dos usuários como um elemento inovador nas atividades de cunho coletivo referente às Doenças Crônicas Transmissíveis e Não-transmissíveis. Nessa perspectiva, procura-se ir além dos aspectos biológico-normativos que envolvem os processos de saúde-doença, a partir de uma “interlocução ativa” entre a equipe envolvida e os usuários da Policlinica Piquet Carneiro. A análise de tais ações, aponta que o projeto vem sendo um instrumento relevante para a prevenção em saúde, na medida em que vem contribuindo para o aprofundamento das reflexões junto aos usuários dos ambulatórios da Policlínica Piquet Carneiro, sobre suas experiências em relação ao processo saúde-doença, à adesão ao tratamento e acesso aos direitos sociais. Além disso, por se tratar de uma experiência de extensão universitária, tem também como foco o treinamento/capacitação de alunos, no campo do Serviço Social e das práticas educativas em saúde. Para tanto, vem lançando mão de recursos teórico-metodológicos, tais como: oficinas temáticas grupos de estudo, oficinas de vivências e supervisões. Como resultados, pode-se citar a realização de grupos educativos e eventos de saúde da PPC, produção de folhetos sobre prevenção em saúde. Temas abordados: “Prevenção de câncer de mama”; Prevenção de HPV: conversa de homens e mulheres” “Direitos sociais e acesso aos serviços de saúde” e etc. Em 2011, foi realizada ainda, uma pesquisa quali-quantitativa, com entrevistas com os usuários dos ambulatórios da PPC, com o objetivo de conhecer e avaliar o impacto das atividades educativas relacionadas à prevenção de câncer de colo de útero e de mama, além da prevenção de HPV. Na análise dos dados coletados, a equipe envolvida constatou a necessidade de abodagem contínua do tema, tendo em vista que o projeto vem propiciando aos usuários um espaço de escuta e troca de informações, especialmente, no que refere a articulação entre a vivência do sujeito e o conhecimento em saúde, conexão essa, que consideramos relevante para o aprofundamento de ações de prevenção e promoção da saúde em doenças crônicas.