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Caracterização do problema: a construção de um Grupo de trabalho de humanização (GTH) em uma unidade hospitalar é um evento singular; a expressão da vontade de trabalhadores da saúde, gestores e usuários em melhorar, processos de trabalho, a gestão de cuidados e as relações interpessoais sejam elas entre membros das equipes de saúde ou entre estes e os usuários e seus familiares. O Hospital Estadual Eduardo Rabello é uma unidade especializada em geriatria e gerontologia da Superintendência de Unidades Próprias apoiado institucionalmente pela Assessoria de Humanização. Esse relato demonstra a experiência de apoio institucional na implantação do GTH nesse hospital. Descrição da experiência: para a organização do GTH foi proposto ao grupo a leitura dos textos bases da Política Nacional de Humanização – PNH, criou-se espaços de discussão (considerando trabalhadores, gestores e usuários) seguiu-se com a divulgação das diretrizes e dispositivos da PNH discutidas para os setores da unidade hospitalar visando ampliação do grupo de trabalho. Efeitos alcançados: Sistematização de encontros do GTH local com os setores da unidade, chancela da direção para o grupo atuar com o objetivo de intervir nos processos de trabalho da unidade (grupo operativo), levantamento das dificuldades dos setores e elaboração de propostas de intervenção. Outro efeito produzido foi a reflexão do seu próprio processo de estruturação. Como organizar um grupo que tem como diretriz de trabalho a produção de autonomia, o fortalecimento do protagonismo dos sujeitos e a co-gestão e co-responsabilidade pela produção de saúde; quando seus integrantes, inicialmente desconhecem a PNH? Nesse sentido o principal desafio foi à superação da barreira teórica. Ao permitir que o grupo que compõem a GTH local tivesse acesso as cartilhas da PNH, desvinculando o apoiador institucional do local de detentor do saber, o grupo encontrou um ritmo próprio de crescimento e questionamento. Recomendação: Apoio na implementação de dispositivos que contribuam na construção de espaços democráticos que não dissociem assistência e gestão, todavia, permitam os profissionais de saúde e usuários exercitar sua autonomia, serem protagonistas na tomada de decisão (inclusive as que dizem respeito à gestão) e com isso se co-responsabilizarem pelos processos de construção cuidados. Integrar o GTH local ao GTH realizado na SES/RJ, um espaço de discussão democrático com a representação de GTHs de diferentes unidades hospitalares.