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O suicídio está entre as dez principais causas de mortalidade no mundo sendo, no entanto, potencialmente evitável. A taxa de suicídios no mundo é de cerca de 16/100.000 habitantes/ano. No Brasil, a taxa de suicídios é de aproximadamente 4,5/100.000 habitantes/ano (sabe-se que há subnotificação). Há dez a 20 vezes mais tentativas. O Homem é um ser biopsicossocioespiritual, que deve ser visto na sua totalidade. Os comportamentos suicidas decorrem de distúrbios em um ou mais desses fatores, que causam intenso sofrimento ao indivíduo. Com objetivo de capacitar profissionais da Atenção Primária à Saúde de Diamantina-MG para lidarem com tais comportamentos, foi oferecido o curso “Prevenção de Suicídios”, com duração total de oito horas (dois encontros). Os principais temas discutidos foram: Causas, fatores protetores e de risco, detecção precoce de comportamentos suicidas e/ou de violência doméstica; atitudes durante o atendimento a pessoas com possível risco, e a seus familiares, empatia, estímulo à autoestima. Os encontros consistiram de: Dinâmicas, discussão a respeito dos conhecimentos prévios e demandas do grupo e apresentações teóricas para estimular discussões sobre os temas. Ao final do segundo encontro foi preenchido um formulário de avaliação (58 participantes). Na primeira parte deveria ser atribuída uma nota de 0 a 10 a diferentes aspectos do curso e na segunda os participantes comentaram sobre sua capacidade para lidar com comportamentos suicidas e outros aspectos considerados importantes. Resultado da avaliação quantitativa: Dinâmicas 9,12; Temas discutidos 9,66; Apresentações expositivas 9,27; Equipe de trabalho/ relacionamento com o grupo 9,38; Equipe de trabalho/ conhecimento sobre o tema 9,65; Aprendizado 9,13; Preparo para lidar com suicídios 8,54. Na avaliação qualitativa os participantes relataram não se sentirem totalmente preparados lidar com comportamentos suicidas, mas mais seguros de suas atitudes diante de comportamentos suicidas; ressaltaram a importância de estarem atentos ao comportamento das pessoas à sua volta; a necessidade de maior conhecimento sobre violência, abuso e dependência do álcool e drogas. Também houve comentários sobre a necessidade da formação de grupos de sobreviventes e ampliação do serviço de saúde mental. Estes resultados foram considerados muito bons para uma primeira aproximação. Pode-se concluir que os profissionais se beneficiaram do curso, mas precisam se aprofundar no tema.