Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Programa de Combate ao Tabagismo em um município de pequeno porte de Minas Gerais – uma experiência que vem dando certo
Luana Vieira Toledo, Alessandra Ribeiro Souza, Elisa Shizuê Kitamura, Edna Castro Rezende Nascimento, Liliane Rodrigues Abreu Lopes, Priscila Sanches Aquino

Resumo


A partir da criação do Programa de Combate ao Tabagismo proposto pelo Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA) em parceria com as Secretarias de Saúde, alguns profissionais de saúde de Leopoldina/MG foram treinados para o desenvolvimento de grupos de apoio. A partir da análise do levantamento epidemiológico realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), identificou-se um número significativo de fumantes. Na análise dos dados, observou-se a necessidade de ações visando a redução no uso do tabaco, impactando diretamente na qualidade de vida. O perfil epidemiológico dos tabagistas foi realizado na área de abrangência da equipe da ESF Quinta Residência e ESF Bela Vista I, por meio de um formulário, preenchido pelos ACS, que após análise subsidiou o processo de seleção dos usuários a partir do grau de dependência e estagio motivacional. A partir da seleção, iniciaram-se os atendimentos individuais realizados pelos profissionais de medicina e de enfermagem e posteriormente tiveram início as sessões grupais. Os grupos constituíram-se inicialmente por quatro sessões semanais, orientadas por impresso próprio padronizado. Após as sessões iniciais, seguiram-se as sessões quinzenais e mensais. Considerando a importância da saúde bucal e nutricional no processo de tratamento do tabagismo, as sessões contaram com a participação dos profissionais odontólogo e nutricionista. Todas as sessões utilizaram dinâmicas que buscavam a reflexão e a interação dos participantes. Ao analisar o desenvolvimento e os resultados dos grupos no município de Leopoldina, percebeu-se uma efetividade quanto ao objetivo principal, pois em ambos os grupos existem registros de usuários que abandonaram o tabaco, totalizando 83,3% no grupo da ESF Quinta Residência (grupo I) e 25 % no grupo da ESF Bela Vista I (grupo II). Ainda no grupo Bela Vista I, os outros usuários encontram-se em tratamento medicamentoso, reduzindo-se o número de cigarros/dia. Em relação à evasão, evidenciam-se valores relativamente baixos, tendo em vista que a questão do tabaco envolve mudanças comportamentais. O índice de evasão no Grupo I foi de 20% e no grupo II, 12,5%. Tais valores demonstram o comprometimento com o tratamento e a visão do tabagismo enquanto doença. Recomenda-se que estratégias direcionadas a mudanças de hábitos, tal como o tabagismo, sejam vistas pelos profissionais de saúde como um processo de tratamento, entendendo o consumo de tabaco como uma doença e conscientizando toda a população. fo�E=8��