Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PATERNIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Maykeline dos Santos Leite, Viviane Manso Castelo Branca, Luiza Cromack, Maria Teresa de Castro Lima Pereira, Jeanne Lima, Heloisa Correa, Denise Almeida Jardim

Resumo


Introdução: Fundamentada pela Política Nacional de Promoção da Saúde, a Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro articula diferentes setores a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida da população da cidade do Rio de Janeiro. As iniciativas colaboram para promover a equidade, solidariedade, desenvolvimento comunitário e modos de vida mais saudáveis.A Coordenação de Políticas e Ações Intersetoriais tem a missão de implantar e articular políticas, ações e projetos, construídos de forma compartilhada com os diferentes setores da sociedade. As conferências internacionais realizadas em Cairo e Beijing indicaram a importância da inclusão dos homens nos programas de saúde reprodutiva visando à promoção de eqüidade de gênero. A ênfase na paternidade surge da necessidade de fortalecer a participação do pai no cuidado com crianças e adolescentes, contribuindo para o desenvolvimento afetivo dos filhos e do próprio homem. Objetivo: Identificar o perfil dos pais e a sua participação no pré natal e parto. Método: Deste modo, foi realizada uma enquete com pais durante o evento de mobilização popular da I Semana do Bebê Carioca. Foi questinado a idade do filho, acompanhamento de 1 consulta pré natal e parto, local e tipo do parto e sensação ao ter o primeiro filho e raça/cor do pai. As entrevistas foram realizadas pelos adolescentes do projeto RAP da Saúde e foram ouvidos 219 pais. Resultados: Destes, 20% tem entre 20 e 25 anos, 22% de 30 a 35 anos e 25% tem acima de 45 anos. 41% declararam-se brancos e 53% negros e pardos. Outro dado interessante é que 64% acompanhou uma consulta pré natal, porém 65% não assistiu o parto. 43% destes partos foram do tipo normal e 57% cesarianas. Destes, 67% foram realizados em maternidades públicas estaduais e municipais e nestas a maior parte foi do tipo normal. As cesarianas foram mais realizadas nas maternidades privadas. 82% dos pais respondeu que a sensação de ter o primeiro filho é a emoção. Conclusão: Em suma, as transformações atuais no campo da paternidade, não se processam de maneira simples. Onde ainda permanecem valores tradicionais da autoridade e da distância paternas, surge paralelamente e aos poucos, uma possibilidade de expressar a paternidade afetiva. Esta construção traz a possibilidade de formação de vínculos mais profundos, oferecendo segurança emocional tanto para os filhos, quanto para os próprios pais.