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Introdução: Em 2009 foi implantada a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNIASH) visando qualificar a atenção a saúde da população masculina na perspectiva da integralidade da atenção e a meta é que 2,5 milhões de brasileiros com idade entre 20 e 59 anos procurem o serviço de saúde pelo menos uma vez ao ano, já que a cada três adultos que morrem no país, entre 20 e 59 anos, dois são homens (BRASIL, 2009). Dessa forma, estudos que buscam conhecer a realidade de saúde e dos serviços oferecidos a população masculina são importantes aliados do planejamento de novas ações que priorizem a educação em saúde para fazer o enfrentamento dessa problemática. Objetivos: Conhecer as percepções da população masculina sobre os serviços de saúde oferecidos num Centro de Saúde da Família e os motivos que levam ou não essa população a procurar o serviço. Método: Estudo de caráter qualitativo e descritivo. A população foi composta 48 homens de 20 a 59 anos que residem numa área de um Centro de Saúde da Família (CSF). Os instrumentos de coleta de dados foram o diário de campo e a entrevista com questões norteadoras. Os dados qualitativos foram analisados de acordo com a proposição de Minayo (2004). Resultados: Nas categorias emergiram dois motivos para a baixa procura dessa população masculina pelos serviços oferecidos, uma se deve à jornada de trabalho coincidente com o horário de funcionamento da unidade de saúde e a segunda é concepção dos homens em relação à sua masculinidade, ou seja, que o cuidado com saúde demonstra fragilidade. Entre os serviços mais procurados estão o dentista e o médico, reforçando o modelo biomédico ainda presente nos dias atuais (DOMINGUEZ, 2008). Na percepção dos homens, os serviços apresentaram itens a melhorar, como maior número de programas direcionados ao homem e o horário do funcionamento. Conclusão: Este estudo demonstrou a necessidade de uma intervenção nessa faixa etária, para que os homens se conscientizem da importância dos cuidados primários com a saúde, diminuindo os índices de morbimortalidade, aumentando a expectativa de vida com qualidade, ainda, que as práticas de educação em saúde com foco na responsabilização do gênero masculino, para que este assuma um papel mais ativo no processo de cuidar de si e de sua saúde, mais precocemente, desde a infância, são fundamentais para melhorar o cenário citado. PALAVRAS CHAVE: Saúde do Homem. Prevenção. Morbimortalidade.